ANO NOVO

Prazer em fazer listas e resoluções? A psicologia explica

Lista pode ser mapa, mas também pode virar muleta. Hábito deve ter a função de organizar a rotina e não servir para evitar a execução

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Tem gente que sente um alívio imediato ao abrir o bloco de notas, marcar caixinhas e organizar o dia. Para a psicologia, esse impulso de planejar tudo não é só "ser organizado": muitas vezes é um jeito de acalmar a mente, reduzir incertezas e criar a sensação de que a vida está, finalmente, sob controle.

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Listas entregam uma recompensa rápida: elas transformam um monte de coisas soltas em etapas claras. Isso reduz a bagunça mental e dá uma sensação de avanço, mesmo antes de você começar. Em alguns perfis, esse efeito conversa direto com a necessidade de controle em momentos de estresse.

Além disso, riscar itens ativa a sensação de "missão cumprida". O cérebro adora sinais concretos de progresso, e a lista vira um mapa simples quando o dia parece confuso ou grande demais.

Algumas pessoas parecem não funcionar sem o planejamento prévio - Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin
Algumas pessoas parecem não funcionar sem o planejamento prévio – Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin

Listas são um jeito de ganhar segurança emocional?

Muitas vezes, sim. Quando a rotina parece imprevisível, organizar tarefas pode funcionar como um cobertor emocional: você não muda o mundo lá fora, mas muda o que está ao alcance. Essa busca por segurança emocional aparece bastante em pessoas que se sentem mais tranquilas quando sabem "o que vem depois".

Um estudo com metas inacabadas mostrou que criar um plano concreto pode diminuir a interferência mental daquele "pendente" que fica rodando na cabeça. Na prática, fazer uma lista pode tirar peso da mente e liberar energia para executar, em vez de ruminar.

Benefícios e riscos de planejar demais 

Planejar pode ser uma ferramenta excelente, mas também pode virar armadilha quando a lista vira uma exigência de perfeição. Em geral, o ponto de virada aparece quando o planejamento vira fuga da ação, alimenta ansiedade ou vira um jeito elegante de adiar decisões difíceis.

Para deixar isso bem claro e escaneável, aqui vai uma lista direta com ganhos e alertas do comportamento.

Quando ajuda Quando atrapalha
Clareza do próximo passo e menos sobrecarga mental ao começar o dia. A lista vira ritual de alívio e você se sente mal quando não consegue seguir o plano.
Sensação de progresso que aumenta motivação para tarefas repetitivas. Você reescreve a lista várias vezes e a execução fica para depois.
Menos esquecimentos em rotina corrida, com interrupções e demandas. Qualquer imprevisto parece "fracasso" e o dia desanda por detalhes.
Menos ruminação ao "tirar da cabeça" pendências e organizar prioridades. A lista vira régua de valor pessoal e aumenta autocobrança constante.

O Dr. Rafael Gratta explica, em seu canal do TikTok, que o planejamento é essencial para um cotidiano mais controlado e sem sustos:

@rafaelgrattap Planejar o dia evita gastar poder mental para tomar decisões básicas de por onde começar logo de manhã, o que pode fazer toda diferença entre iniciar uma atividade ou procrastinar o dia inteiro. MFMA ???????? #saúdemental #foco #motivação #dopamina ? som original – Rafael Gratta

Sinais de que o planejamento virou proteção e não ferramenta

Um bom termômetro é observar o seu corpo: você sente calma e foco, ou sente tensão por "não estar no controle"? Quando o planejamento vira proteção, ele tenta blindar você do desconforto, e isso pode virar procrastinação disfarçada de produtividade.

Estes cards ajudam a identificar padrões comuns e ajustar o rumo sem perder o que o planejamento tem de bom.

???? Você planeja para sentir alívio

Se a lista vira "remédio" imediato, talvez o foco seja aliviar tensão, não agir com estratégia.

???? Você reescreve a mesma lista

Quando o ritual de organizar ocupa mais tempo do que executar, o plano virou loop.

? Imprevistos viram gatilho

Se algo sai do script e você desanima, vale treinar um "plano B" mais leve.

???? A mente não desliga

Você até termina tarefas, mas continua se cobrando como se nada fosse suficiente.

Como planejar sem perder leveza e com mais flexibilidade psicológica

A meta não é abandonar listas, e sim torná-las úteis. Um caminho prático é fazer listas menores, com poucas prioridades por vez, e aceitar ajustes no meio do dia. Isso treina flexibilidade psicológica sem destruir sua sensação de ordem.

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Uma dica simples é separar "essencial" de "extra" e revisar a lista uma vez só, em um horário fixo. Assim, você mantém organização mental sem transformar o planejamento em cobrança constante.

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