DOENÇA SILENCIOSA

Diagnóstico do senador Carlos Viana liga alerta para câncer de estômago

Segundo o INCA, Brasil registra mais de 21 mil novos casos por ano da doença; especialista explica sintomas e quando procurar ajuda

Publicidade
Carregando...

O recente anúncio de que o senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi diagnosticado com câncer no estômago reacende o alerta sobre uma das doenças que mais preocupa especialistas pela alta incidência e pela dificuldade de diagnóstico precoce.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O ESTADO DE MINAS NO Google Discover Icon Google Discover SIGA O EM NO Google Discover Icon Google Discover

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o país registra cerca de 21 mil novos casos de câncer de estômago por ano, sendo aproximadamente 13 mil em homens e 8 mil em mulheres. A maior parte ocorre em pessoas acima dos 50 anos.

De acordo com o cirurgião oncológico Felipe Conde, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), o câncer de estômago costuma ser silencioso nas fases iniciais, o que dificulta a detecção.



“Os sintomas nem sempre são claros no começo, mas existem sinais de alerta que não devem ser ignorados, como dor persistente na parte superior do abdômen, sensação de estômago cheio com facilidade, perda de peso sem causa aparente e náuseas prolongadas”, explica.

Entre os sintomas mais comuns estão dor ou desconforto abdominal persistente, saciedade precoce, anemia, vômitos recorrentes, dificuldade para engolir (dependendo da localização do tumor) e cansaço extremo associado à perda de sangue digestiva.

“Quando esses sinais duram semanas e não têm explicação evidente, é fundamental procurar um médico para avaliação”, reforça o especialista.

A infecção pela bactéria Helicobacter pylori, dieta rica em sal e alimentos defumados, tabagismo, consumo elevado de álcool, histórico familiar e doenças crônicas do estômago estão entre os fatores de risco conhecidos. A adoção de hábitos saudáveis e o tratamento adequado de gastrites e infecções gástricas contribuem para reduzir a incidência da doença.

Felipe Conde lembra que a endoscopia digestiva alta é o principal exame para diagnóstico e deve ser indicada sempre que houver sintomas persistentes ou fatores de risco importantes.

“Quanto mais cedo identificamos o tumor, maior é a chance de tratamento eficaz e menor a necessidade de intervenções mais agressivas. O diagnóstico precoce salva vidas”, afirma.

Cirurgia é etapa decisiva

A cirurgia é o principal tratamento para grande parte dos tumores gástricos, especialmente quando identificados antes de se espalharem (metástases). Para o cirurgião oncológico, a intervenção no momento adequado pode determinar o prognóstico do paciente.

“Em muitos casos, a cirurgia é a única chance de cura. Por isso, agir rápido após o diagnóstico é fundamental para evitar a progressão da doença”, explica o especialista.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia


O caso do senador Carlos Viana reforça a importância da atenção aos sinais do corpo e da busca por atendimento médico assim que sintomas suspeitos surgirem. A recomendação é que pessoas acima de 50 anos ou com histórico familiar mantenham acompanhamento regular e não adiem a investigação de sintomas persistentes.

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay