Intoxicação medicamentosa: entenda os riscos de 7 remédios comuns
Caso de Lô Borges reforça importância do uso consciente; veja medicamentos que exigem cuidado e orientação médica
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Quando um medicamento é consumido em dose excessiva, em combinação incorreta com outras substâncias ou por um período prolongado sem acompanhamento profissional, ocorre uma intoxicação medicamentosa.
A morte do cantor e compositor Lô Borges, na noite desse domingo (2/11), após passar por um quadro envolvendo intoxicação medicamentosa, chamou atenção para esse perigo que muitas vezes é subestimado. Embora não existam informações oficiais sobre quais substâncias causaram o quadro ou se houve automedicação, o caso destaca a importância do uso consciente e orientado de remédios.
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O doutor Vinicius Maia, nutrólogo que atualmente atua como médico integrativo, ressaltou a importância da prescrição e acompanhamento médico no uso gradual de remédios. “Vários medicamentos não só não resolvem os problemas como podem trazer outros. […] A maior parte dos medicamentos pode trazer problemas, às vezes, mesmo sem estar em excesso.“
É importante destacar que esses medicamentos são seguros e eficazes quando utilizados conforme a prescrição médica ou farmacêutica. O objetivo desse conteúdo é alertar sobre os riscos do uso inadequado e não desencorajar tratamentos necessários. A matéria caráter informativo e não substitui a consulta com um profissional de saúde.
Remédios comuns que exigem cuidado
A reportagem lista abaixo sete tipos de medicamentos de uso corriqueiro que, se utilizados de forma inadequada, podem causar sérias complicações à saúde.
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Paracetamol: um dos analgésicos mais populares, seu uso excessivo pode causar eventos adversos graves, incluindo hepatite medicamentosa e morte.
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Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): ibuprofeno, diclofenaco e nimesulida são exemplos. O uso contínuo pode causar elevação de 5 a 6 mmHg da pressão arterial média, principalmente em hipertensos.
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Dipirona: embora eficaz para dor e febre e um dos medicamentos mais seguros, quando ingerida em quantidades superiores a 4 g por dia, pode causar ardência, marcas e inchaço na pele.
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Descongestionantes nasais: soluções com nafazolina ou oximetazolina podem causar rinite medicamentosa, quando usados frequentemente, danificar as membranas mucosas nasais e causar dependência.
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Antialérgicos: os antialérgicos, quando usados excessivamente, podem causar sonolência intensa e problemas cardíacos como arritmias e palpitações. Além disso, podem diminuir a eficácia de outros remédios ou potencializar seus efeitos colaterais.
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Ácido acetilsalicílico (AAS): na superdosagem aguda, os sintomas iniciais são náuseas, vômitos, zumbidos e hiperventilação. Sintomas tardios podem incluir febre, hiperatividade, confusão mental e convulsões. Com o tempo, também se desenvolvem rabdomiólise e insuficiências respiratória e renal aguda.
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Antiácidos: usados para aliviar a queimação no estômago, o consumo frequente pode comprometer o funcionamento intestinal e a produção de ácido gástrico.
“Quando usa um medicamento, você desvia alguma atuação no seu corpo, uma questão enzimática ou metabólica, e isso pode causar outros tipos de doenças ou sintomas”, relatou Vinicius.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata