REDES SOCIAIS

O fenômeno dos 'influencers de saúde': como separar a boa informação?

Entenda como identificar profissionais qualificados e desconfiar de promessas milagrosas nas redes sociais

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Milhões de brasileiros recorrem diariamente a plataformas como Instagram e TikTok em busca de orientações sobre dieta, exercícios e bem-estar. Esse universo crescente dos 'influenciadores de saúde', no entanto, esconde um risco: a linha entre informação confiável e conteúdo perigoso é cada vez mais tênue.

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A atração por esses perfis é compreensível. Criadores de conteúdo usam uma linguagem acessível, exibem rotinas inspiradoras e oferecem a promessa de resultados rápidos.

O problema é que, por trás de uma boa foto, pode haver conselhos sem qualquer base científica ou dados por pessoas sem a devida qualificação profissional. 

Seguir dicas sem o devido cuidado pode levar a consequências sérias. Entre os riscos estão o desenvolvimento de transtornos alimentares, as deficiências nutricionais por dietas extremamente restritivas e o uso de suplementos sem necessidade e supervisão adequada.

Além disso, os algoritmos das redes sociais tendem a promover conteúdos que geram mais engajamento, que nem sempre são os mais corretos. 

Posts com títulos chamativos como "seque em uma semana" ou "o alimento que cura tudo" viralizam com enorme facilidade, o que acaba criando um ciclo perigoso de desinformação.

Como identificar informações de saúde confiáveis?

Verifique as credenciais profissionais. Médicos precisam ter registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e nutricionistas, no Conselho Regional de Nutricionistas (CRN). Outro documento para prestar atenção é o registro de qualificação de especialista (RQE) - que certifica que o médico possui qualificação reconhecida em uma especialidade médica.

A habilitação é  obrigatória para quem concluiu residência médica ou obteve título de especialista, permitindo que o médico se apresente e divulgue sua especialidade legalmente. 

Essas informações são públicas e geralmente estão na biografia do perfil. A ausência dela é um grande sinal de alerta, bem como:

  1. Cuidado com promessas milagrosas

A ciência da saúde raramente oferece soluções mágicas. Desconfie de quem promete curas para doenças crônicas ou emagrecimento extremo em tempo recorde, especialmente se a solução estiver atrelada à compra de um produto específico.

  1. Avalie o tom da comunicação

O conteúdo é educativo ou se parece mais com um discurso de vendas? Profissionais sérios buscam informar e explicar os mecanismos por trás de suas recomendações, sem pressionar para a aquisição de cursos ou suplementos.

  1. Diferencie opinião de evidência

Relatos de experiências são válidos como uma história, mas não servem como recomendação universal. O aconselhamento de saúde de qualidade se baseia em estudos e consensos científicos, não apenas na vivência de uma única pessoa.

  1. Lembre-se que conteúdo não é consulta

Dicas gerais encontradas na internet jamais substituem uma avaliação individual com um profissional de saúde. Cada organismo é único e o que funciona para um influenciador pode ser prejudicial para você. 

5 vozes influentes da saúde digital

Um levantamento realizado pela Air, empresa no mercado de inovação e expertise em marketing de influência, identificou os criadores de conteúdo com maior relevância no segmento. 

A análise considerou engajamento, consistência temática e credibilidade percebida pelo público. Foram avaliados diversos influenciadores, com base em 1,1 bilhão de interações, 16,8 milhões de seguidores e 675 mil de alcance potencial no Instagram.

As interações em postagens referente ao tema demonstram o interesse crescente dos usuários por informações confiáveis sobre autocuidado e qualidade de vida - um comportamento impulsionado tanto pela digitalização dos hábitos, quanto pela busca por orientação em fontes acessíveis e especializadas.

Confira os cinco destaques do segmento:

  1. Tamiris Mariano: com mais de 1 milhão de seguidores, lidera o ranking com pontuação máxima de mil pontos. A neurologista infantil produz conteúdos voltados para pais, aborda prevenção no uso de telas e ao que as crianças consomem, além de pontos de atenção para ter com os pequenos durante o desenvolvimento.

  2. Mari Krüger: com 2,6 milhões de seguidores, também no Instagram, aparece em seguida com 928 pontos, a bióloga conquistou a internet rapidamente com seus conteúdos voltados para ciências e desmistificação da saúde pública. Com vídeos bem humorados, a bióloga trata de assuntos que estão em alta.

  3. Dr. Ricardo Kores: com 1,5 milhão e 867 pontos, fica em terceiro lugar, trazendo para seu feed, de maneira descontraída, questões sobre saúde sexual.

  4. Davi Migiorni: com mais de 3 milhões de seguidores e 840 pontos, é um dos destaques no ranking. Com a mãe, Érica, administrando o perfil, o pequeno Davi aborda conteúdos voltados para curiosidades, aventuras pelo corpo humano e dicas de saúde para diversas idades.

  5. Maju Ferreira: aparece com 1,2 milhão de seguidores e 719 pontos. A médica, com mais de cinco diagnósticos ginecológicos, traz em seu feed postagens para a saúde feminina, orientando mulheres de todas as idades a como cuidarem melhor de si mesmas, baseado em evidências e estudos.

“Os dados evidenciam que o público valoriza cada vez mais criadores que combinam autoridade técnica com autenticidade. O número de seguidores pouco importa se o creator não sabe o que fazer com ele. No setor de saúde, isso é ainda mais evidente: o seguidor busca informação de qualidade”, afirma Alexsandra Silva, cientista de Dados da Air.

Segundo ela, a tendência é que o marketing de influência na saúde se torne mais segmentado e estratégico. “O diálogo entre marcas, pacientes e profissionais de saúde está evoluindo. A presença de influenciadores qualificados reforça a confiança e humaniza temas muitas vezes complexos”, destaca.

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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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