MG registra mais de 10 mil internações por AVC no primeiro semestre de 2025
Quase 19 mil óbitos foram registrados entre janeiro e abril no Brasil
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Estima-se que 19,8 milhões de pessoas morreram em decorrência de doenças cardiovasculares, o que representa aproximadamente 32% de todas as mortes no mundo. Desses óbitos, 85% foram causados por infarto e acidente vascular cerebral (AVC), sendo que mais de três quartos ocorreram em países de baixa e média renda.
Segundo o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de mortalidade no Brasil. Em 2023, foram registrados 196,5 mil atendimentos hospitalares por AVC e 853,4 mil atendimentos ambulatoriais no país.
No ano seguinte, os registros corresponderam a 196,3 mil atendimentos hospitalares e 1 milhão de atendimentos ambulatoriais. Em relação aos óbitos por AVC, foram registrados 33.759 em 2023 e 19.220 em 2024.
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Em Minas Gerais
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde de Minas Gerais, dados preliminares indicam que o estado registrou mais de 10 mil internações por AVC no período de janeiro a junho de 2025, com 2.030 óbitos. No ano anterior foram 24.704 internações e 4.180 óbitos pela mesma causa.
Identificação do AVC
O AVC ocorre quando o fluxo de sangue para uma parte do cérebro é interrompido, por obstrução (isquêmico) ou rompimento de um vaso (hemorrágico). Quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de recuperação e menores os riscos de sequelas graves. “A doença requer atendimento médico imediato, pois pode causar danos graves ao cérebro e até mesmo levar à morte", explica Gilvane Lolato, gerente geral de Operações da ONA.
Segundo a especialista, alguns sintomas podem sinalizar um AVC como:
- Fraqueza repentina em um lado do corpo
- Dificuldade para falar
- Perda de equilíbrio
- Alterações na visão
- Dor de cabeça muito forte e súbita
"Ao notar qualquer um deles, o mais importante é procurar ajuda médica imediata. Quanto mais cedo o tratamento começa, maiores são as chances de recuperação e menores os riscos de sequelas graves. O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica e exames de imagem, como tomografia ou ressonância magnética”, destaca Gilvane.
Ela ainda chama a atenção para fluxos clínicos padronizados, além de uma comunicação eficiente durante as transições de cuidado entre o pronto-socorro e a cardiologia. “É importante que as instituições capacitem frequentemente suas equipes multidisciplinares, para que possam reconhecer os principais sintomas e sinais de infarto ou AVC, agir com rapidez e segurança e evitar falhas de comunicação entre os profissionais atuantes.”