AVC é a segunda principal causa de morte no Brasil
Doença causou 85.442 óbitos no Brasil em 2024 e 42.884 no primeiro semestre de 2025; quanto antes o paciente chegar ao hospital, menores as chances de sequelas
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O acidente vascular cerebral (AVC) continua sendo um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil. De acordo com dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil, a doença causou 75.699 mortes em 2019, número que subiu para 87.856 em 2022, caiu para 85.112 em 2023 e voltou a crescer em 2024, com 85.442 óbitos. Esses índices colocam o AVC como a segunda principal causa de morte no país, atrás apenas das doenças cardiovasculares.
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No primeiro semestre de 2025, foram registradas 42.884 mortes por AVC, sendo 6.737 em janeiro, 6.232 em fevereiro, 6.818 em março, 6.938 em abril, 7.991 em maio e 8.168 em junho.
Este mês é marcado pelo Dia Mundial de Prevenção do AVC, lembrado em 29 de outubro. A data tem como objetivo ampliar a conscientização da população sobre os fatores de risco, sinais de alerta e medidas de prevenção.
O neurologista do Hospital Japonês Santa Cruz, Flávio Sallem, destaca que a informação e a rapidez no atendimento são determinantes para reduzir sequelas. “O AVC pode acontecer de forma súbita e exige intervenção imediata. Quanto mais rápido o paciente chega ao hospital, maiores são as chances de recuperação sem sequelas graves. Reconhecer os sinais e agir rápido faz toda a diferença”, alerta o especialista.
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Sinais de alerta
Para identificar os sinais, existe um método simples que pode salvar vidas, o acrônimo SAMU.
- O “S” lembra o sorriso, que pode ficar torto
- O “A” representa o braço, que pode perder força repentinamente
- O “M” é a mensagem, já que a fala pode ficar enrolada ou confusa
- O “U” reforça a urgência, indicando a necessidade de acionar imediatamente o serviço de emergência pelo número 192
Segundo o especialista, até 90% dos casos poderiam ser evitados com hábitos de vida saudáveis, como controlar a pressão arterial, praticar atividades físicas, manter uma alimentação equilibrada e não fumar. “Informação salva vidas e a prevenção é o caminho mais eficaz para reduzir os impactos do AVC na sociedade”, afirma o especialista.
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