O lipedema é uma doença genética que atinge cerca de 12 milhões de mulheres no Brasil. Caracteriza-se pelo acúmulo desproporcional de gordura nas pernas e braços, dor ao toque e tendência a hematomas. A condição é frequentemente confundida com obesidade, celulite ou retenção de líquidos. Porém, não responde bem a dietas e exercícios.

A influenciadora Adriana Müller relata ter descoberto o lipedema ao procurar um médico para tratar varizes. “Sempre pratiquei exercícios e mantive alimentação saudável. O diagnóstico esclareceu os sintomas que sentia há anos”, diz. 

Segundo o cirurgião vascular Daniel Benitti, é comum que o diagnóstico seja tardio. “Muitas pacientes passam por vários profissionais antes de identificarem a doença. O impacto é físico e psicológico”, afirma. 

Principais sinais do lipedema

  • Aumento de gordura em pernas e braços, mesmo com peso normal
  • Dor
  • Inchaço
  • Hematomas frequentes
  • Celulite em excesso 
  • Sensibilidade ao toque

Tratamento e manejo

De acordo com Daniel, o tratamento clínico é indicado para a maioria dos casos, com foco em mudanças alimentares, uso de meias de compressão, terapias complementares e medicamentos. A cirurgia é indicada apenas em situações específicas. “Tratar o lipedema envolve reconhecer que se trata de uma condição genética, não de falha individual. Isso ajuda a reduzir a culpa e melhora a adesão ao tratamento”, explica o cirurgião. 

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