INSTABILIDADE EMOCIONAL

Transtorno Borderline e maternidade: o que poucas mães têm coragem de dizer

Especialista explica os desafios emocionais da maternidade para mulheres com Transtorno de Personalidade Borderline

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A maternidade costuma ser retratada como uma experiência repleta de amor, realização e instinto natural. Mas para muitas mulheres que enfrentam o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), esse momento também pode vir carregado de angústia, culpa e instabilidade emocional, sentimentos que, na maioria das vezes, são silenciados por medo de julgamento.

De acordo com a psicóloga Viviane Nascimento, especialista em comportamento alimentar e regulação emocional, esse sofrimento silencioso precisa ser nomeado e acolhido. “Mães com Transtorno Borderline não amam menos seus filhos. Elas apenas enfrentam um desafio diário de lidar com emoções intensas, oscilações de humor e inseguranças profundas, o que pode tornar a maternidade ainda mais exigente”, explica.

O TPB é caracterizado por padrões persistentes de instabilidade emocional, impulsividade, medo de abandono, dificuldade nos relacionamentos e auto imagem negativa. Quando esses aspectos se somam à sobrecarga da maternidade, noites sem dormir, mudanças no corpo, responsabilidades constantes e cobranças sociais, os gatilhos emocionais podem se multiplicar.

“É comum que essas mães se sintam em constante conflito interno: querem ser presentes e afetuosas, mas muitas vezes lidam com sentimentos de inadequação, reatividade emocional ou dificuldade em lidar com a frustração”, diz Viviane. Ela ressalta que esse cenário pode gerar um ciclo de culpa e autocrítica, agravando os sintomas do transtorno e comprometendo o bem-estar da mãe e da criança.

Mas é possível mudar esse cenário com apoio especializado. Viviane Nascimento desenvolveu um método de cuidado baseado na Terapia Comportamental Dialética (DBT), abordagem que trabalha com a regulação emocional, a tolerância ao desconforto e o desenvolvimento de habilidades interpessoais. A proposta ajuda mulheres com TPB a identificarem seus gatilhos, construírem uma rede de apoio e reconstruírem a relação consigo mesmas, e com a maternidade.

“Essas mulheres não precisam ser heroínas, nem perfeitas. Elas precisam ser compreendidas e cuidadas. Falar sobre isso é dar voz a uma dor que ainda é muito invisibilizada”, finaliza.

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