O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é frequentemente associado à infância, mas também pode persistir ou se manifestar na vida adulta. Identificar os sinais de TDAH em adultos, conhecer os tipos e buscar ajuda especializada é importante para melhorar a rotina e o bem-estar. Muitas pessoas convivem com os sintomas sem saber, o que afeta relações, desempenho profissional e qualidade de vida.

Quais são os sintomas de TDAH em adultos?

Os sintomas podem variar em intensidade e manifestar-se de forma diferente da infância. Os mais comuns incluem:

  • dificuldade de concentração em tarefas prolongadas;
  • esquecimento frequente de compromissos ou objetos;
  • desorganização com rotina, prazos ou finanças;
  • impulsividade em decisões ou conversas;
  • inquietação interna, sensação de agitação constante;
  • procrastinação crônica;
  • baixa tolerância à frustração;
  • mudanças de humor e irritabilidade.

Esses sinais muitas vezes são confundidos com estresse ou ansiedade, dificultando o diagnóstico. Por isso, é fundamental não se autodiagnosticar, e buscar ajuda de um especialista!

Possíveis causas do TDAH em adultos

O TDAH tem origem multifatorial. Fatores genéticos são os principais associados ao desenvolvimento do transtorno. No entanto, influências ambientais também podem estar envolvidas:

  • histórico familiar de TDAH;
  • alterações no desenvolvimento neurológico;
  • exposição a substâncias durante a gestação (como álcool e cigarro);
  • prematuridade ou baixo peso ao nascer.

Embora não haja uma causa única, o transtorno está relacionado a alterações na regulação de neurotransmissores como a dopamina.

Quais são os tipos de TDAH em adultos?

Assim como em crianças, o TDAH em adultos pode se apresentar de três formas principais:

  • Predominantemente desatento: dificuldade em manter o foco, seguir instruções e concluir tarefas;
  • Predominantemente hiperativo/impulsivo: inquietação, fala excessiva e tomada de decisões precipitadas;
  • Tipo combinado: apresenta sintomas dos dois tipos anteriores.

O tipo mais comum em adultos é o combinado, mas o diagnóstico deve ser feito por um especialista, levando em conta o histórico desde a infância.

Rotina: como lidar e qual o tratamento de TDAH para adultos

O tratamento é multidisciplinar e individualizado, podendo incluir:

  • psicoterapia (principalmente a terapia cognitivo-comportamental);
  • estratégias de organização e gestão do tempo;
  • apoio psiquiátrico com medicamentos, quando indicado;
  • acompanhamento médico contínuo.

Mudanças no estilo de vida, como prática de exercícios físicos e sono regular, também auxiliam na melhora dos sintomas. O foco está em criar estratégias que ajudem o indivíduo a administrar melhor seus desafios e usar seus pontos fortes com mais eficiência.

Algumas mudanças na rotina também podem auxiliar como:

  • estabelecer rotinas fixas e prazos visíveis (calendários, apps, lembretes);
  • dividir tarefas grandes em etapas pequenas;
  • priorizar atividades com listas e blocos de tempo;
  • evitar múltiplas tarefas simultâneas;
  • criar ambientes com menos distrações.

A terapia é um dos tratamentos para pessoas diagnosticadas com TDAH

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Importância de procurar ajuda médica

Muitos adultos convivem com os sintomas do TDAH por anos sem diagnóstico, o que pode impactar a autoestima e o rendimento profissional. Procurar um psiquiatra ou neurologista é fundamental para uma avaliação correta e indicação do melhor tratamento.

Com o acompanhamento adequado, é possível controlar os sintomas, melhorar a produtividade e conquistar mais equilíbrio na vida pessoal e profissional.

Conscientizar é cuidar

Conforme cresce a discussão sobre saúde mental, cresce também a visibilidade do TDAH em adultos. Estudos recentes, como os apresentados por especialistas britânicos, têm ajudado a desfazer mitos em torno do transtorno e a incentivar diagnósticos mais assertivos.

Falar abertamente sobre o TDAH, reconhecer que ele vai além da infância e compreender suas múltiplas manifestações são atitudes fundamentais para combater o estigma e estimular a busca por ajuda. Quando a sociedade entende melhor o transtorno, mais pessoas conseguem identificar seus sintomas e acessar o tratamento adequado.

Identificar o TDAH depois quando adulto não é motivo de vergonha, e sim de alívio.

 

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