Lúpus: se trata de uma doença autoimune bem complexa e que ainda intriga a medicina -  (crédito: Freepik)

Lúpus: se trata de uma doença autoimune bem complexa e que ainda intriga a medicina

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Nesta sexta-feira (10) é o Dia Internacional da Atenção às Pessoas com Lúpus, uma importante data que visa aumentar a conscientização sobre a doença e apoiar aqueles que vivem com ela. Com aproximadamente 65 mil casos diagnosticados anualmente, o Brasil é um dos países com maior incidência da doença no mundo. Em Minas Gerais, cerca de 3.500 novos casos são identificados anualmente, contribuindo significativamente para essa estatística nacional. Em Belo Horizonte, a incidência é ainda mais preocupante, com uma média de 1.200 novos casos por ano.

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma condição em que o sistema de defesa do corpo se volta contra ele mesmo, atacando seus próprios tecidos e órgãos. Essa patologia pode impactar uma variedade de sistemas do corpo, incluindo articulações, pele, rins, células sanguíneas, cérebro, coração e pulmões. É uma condição séria que pode levar à morte, sem o devido tratamento.

 

 

De acordo com Maria Fernanda Guimarães, presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia, essa doença atinge pessoas em qualquer idade, porém, entre 20 e 45 anos são os mais afetados. As causas exatas da doença ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais desempenhem um papel importante. Acredita-se que uma a cada 1.700 mulheres no Brasil tenha lúpus. Os sintomas podem variar de leves a graves e podem incluir fadiga, dor nas articulações, erupções cutâneas e danos em órgãos vitais, como rins e coração.

 

TRATAMENTO

Embora não haja cura para o lúpus, existem tratamentos disponíveis para controlar os sintomas e prevenir danos aos órgãos. O tratamento é individualizado e pode incluir medicamentos como anti-inflamatórios, corticosteroides, imunossupressores e antimaláricos. Além da medicação, é essencial adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, atividade física regular e proteção solar adequada, já que a exposição ao sol pode desencadear ou piorar os sintomas do lúpus.

 

 

De acordo com Maria Fernanda é possível gerenciar o lúpus e melhorar a qualidade de vida dos pacientes por meio do diagnóstico precoce, tratamento adequado e o apoio contínuo da família e de um profissional da reumatologia. “Já que se trata de uma doença autoimune bem complexa e que ainda intriga a medicina. O tratamento deve ser feito somente depois da indicação de um especialista”, alerta a médica.