Estudos clínicos e organizações médicas e de saúde recomendam o exercício físico como parte integrante do manejo da doença de Parkinson, com benefícios para a melhora da função motora -  (crédito: Freepik)

Estudos clínicos e organizações médicas e de saúde recomendam o exercício físico como parte integrante do manejo da doença de Parkinson, com benefícios para a melhora da função motora

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A atividade e os exercícios físicos são essenciais para pessoas com doença de Parkinson, pois são comprovadamente neuroprotetores para o cérebro, além de melhorar os sintomas motores e não-motores relacionadas à doença. A Associação Brasil Parkinson (ABP) tem um e-book gratuito com exercícios que fazem a diferença para o paciente, com algumas atividades para auxiliar na melhora da qualidade de vida para as pessoas com doença de Parkinson.

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Estudos clínicos e revisões sistemáticas, e muitas organizações médicas e de saúde, como a Parkinson's Foundation e a National Institute for Health and Care Excellence (NICE), recomendam o exercício físico como parte integrante do manejo da doença de Parkinson, com benefícios para:

  • A melhora da função motora - incluindo a mobilidade, equilíbrio, marcha e coordenação
  • O retardo na progressão da doença - ajudando a preservar a função neurológica
  • A redução dos sintomas não motores como depressão, ansiedade e problemas de sono;
  • A melhora da qualidade de vida por um senso de bem-estar físico e emocional;
  • Além da neuroproteção potencial, que nada mais é do que proteger e preservar as células cerebrais afetadas pela doença de Parkinson.

 

Recomendações de intensidade e regularidade para os exercícios físicos

“A American College of Sports Medicine em associação com a Parkinson's Disease Fundation, uma das mais importantes organizações sobre doença de Parkinson do mundo, com sede nos Estados Unidos, recomenda que as pessoas com doença de Parkinson façam pelo menos 150 minutos de exercício físico aeróbico por semana: 30 minutes de atividade com intensidade moderada a intensa, 5x/ semana; ou seja, numa semana distribua 150 minutos que podem ser de forma dividida durante o dia, com duração mínima de 10 minutos. A intensidade pode variar de paciente para paciente, mas deve ser, na medida do possível, uma prática que eleve a frequência dos batimentos do coração”, explica Dra Érica Tardelli, presidente da Associação Brasil Parkinson.

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O pingue-pongue

O pingue-pongue, ou tênis de mesa, tem sido cada vez mais reconhecido como uma atividade benéfica para pessoas com Parkinson. Existem várias razões para ser especialmente relevante: melhora da coordenação motora por conta dos movimentos rápidos e coordenados, ajuda na estimulação cerebral porque precisa de rápida tomada de decisões e o raciocínio estratégico que ajudam a manter as habilidades cognitivas, aumenta a concentração e o foco, é um exercício físico que melhora a mobilidade, a coordenação e a força muscular, sem ser excessivamente extenuante e é um aliado da interação social.

O "Ping-Pong Parkinson" tem até um torneio mundial e na Associação Brasil Parkinson é uma atividade frequente.

Entre os eventos esportivos promovidos pela ABP,  já teve, em 14 de abril, a II Caminhada Direito à Saúde, com parkinsonianos e seus familiares e amigos; e no sábado, 20 de abril, haverá uma competição de pingue-pongue como parte dos eventos que marcam o mês da Conscientização da doença de Parkinson.

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