A inteligência emocional trata-se de gerenciar também as emoções de terceiros -  (crédito: Freepik)

A inteligência emocional trata-se de gerenciar também as emoções de terceiros

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No mundo acelerado e dinâmico dos negócios de hoje, a inteligência emocional emergiu como uma habilidade essencial para o sucesso profissional e pessoal. A capacidade de compreender, gerenciar e utilizar eficazmente as emoções, tanto as próprias quanto as dos outros, desempenha um papel fundamental no ambiente de trabalho. Não à toa, um estudo conduzido por pesquisadores de Harvard investigou o Quociente de Inteligência (QI) e o Quociente Emocional (QE) de 200 participantes, que foram agrupados e desafiados a resolverem problemas. Os resultados revelaram que a inteligência emocional demonstrou ser mais influente do que a capacidade intelectual para determinar o sucesso das equipes.

Ainda, segundo o relatório Future of Jobs de 2023, realizado pelo Fórum Econômico Mundial, qualidades associadas à inteligência emocional, como curiosidade, aprendizagem ao longo da vida, motivação, resiliência e autoconsciência, são altamente valorizadas pelas empresas e continuarão a sê-lo nos próximos anos.

Leia: Conceito da inteligência emocional nas relações dentro e fora de realities

Segundo a especialista em desenvolvimento humano e pessoal, Gisele Hedler, a inteligência emocional tem um papel muito importante em todas as áreas de nossas vidas como relacionamentos, carreira, saúde física e mental, educação etc. “Essa habilidade facilita viver uma vida mais feliz, pois permite que entendamos se nossos comportamentos estão condizentes com nossas emoções e vice-versa, assim nos permitindo regulá-las de maneira saudável”, diz Hedler.

A divisão de áreas na inteligência emocional

A especialista esclarece que a inteligência emocional é dividida em algumas áreas de foco fundamentais e explica cada uma, para quem deseja evoluir pessoalmente e profissionalmente.

Autorregulação

Autorregulação é a habilidade de gerenciar emoções que são negativas ou disruptivas e se adaptar a mudanças. Pessoas com altos níveis de autorregulação são boas em lidar com conflitos, se adaptam bem às mudanças e tomam a responsabilidade para si ao invés de culpar outras pessoas.

“Com um controle maior sobre suas emoções, você experimentará uma melhora significativa em seu bem-estar. Para desenvolver a autoconsciência, é importante adotar técnicas de gerenciamento de estresse, como registrar seus sentimentos e reações ao trabalho no final do dia ou da semana e praticar exercícios de atenção plena”, esclarece Gisele.

Motivação

A habilidade de se motivar sozinho ao invés de depender de estímulos externos como elogios e expectativas de terceiros fará com que a caminhada seja menos árdua. “Pessoas com alta motivação tendem a serem mais comprometidos com seus objetivos e tendem a serem motivados pelos mesmos”, explica.

Além disso, essa motivação precisa levar à disposição de abrir novas portas e explorar novos caminhos, assumindo riscos e possibilidades de fracassar.

Empatia

Já a empatia é a habilidade de reconhecer e entender o que os outros estão sentindo e ter isso em consideração na hora de agir em situações sociais. Empatia também permite entender a dinâmica de cada relacionamento, tanto os pessoais quanto profissionais. “Esta tornou-se uma qualidade essencial para os líderes em 2024, especialmente em um contexto em que as crises e bem-estar, o aumento do custo de vida e a inflação estão afetando diretamente a vida da população”, pontua , Gisele Hedler.

Habilidades sociais

Como a inteligência emocional trata-se de gerenciar também as emoções de terceiros, é preciso priorizar as habilidades de construção de relacionamentos, aprimorando sua comunicação no ambiente de trabalho e aperfeiçoando a resolução de conflitos. Essas competências serão cruciais para se destacar em sua posição atual e para progredir em direção à liderança, gerenciando equipes e colaborando com partes interessadas.

Obter mais sucesso

Gisele Hedler diz que as pessoas com alta inteligência emocional conseguem alcançar maior sucesso na vida se comparadas as de baixa inteligência emocional e que essa é uma habilidade que pode ser treinada e desenvolvida.

“É possível fazer isso ao praticar ser mais presente no momento, prestando atenção em como os outros se sentem, se esforçando para ouvir e entender o que os outros dizem, ter a mente aberta, se comunicar de maneira clara e direta, praticando separar o que é emoção do que é fato”, recomenda , Gisele Hedler.