A decisão do governo Donald Trump de retirar o ministro STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci de Moraes, da lista de pessoas sancionadas pela Lei Magnitsky foi comemorada no Palácio do Planalto.
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Entretanto, para auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouvidos pelo PlatôBR, a “benevolência” do americano terá um preço. Uma das hipóteses mais comentadas entre técnicos das alas políticas e econômica é o desejo do governo dos Estados Unidos de acessar as terras raras brasileiras.
Segundo os auxiliares de Lula, o desfecho positivo fortalece o governo politicamente e enfraquece o bolsonarismo, diante da aproximação entre o petista e Trump. O último telefonema entre os dois, no início do mês, foi mais um passo nessa direção e deve se desdobrar em uma visita do brasileiro aos Estados Unidos, afirmaram interlocutores que participam dessa negociação.
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“A mensagem importante é que, apesar das divergências ideológicas, os interesses comerciais dos dois países prevaleceram. O presidente sempre diz que um bom acordo é aquele em que as duas partes saem ganhando. Certamente haverá alguma concessão do lado brasileiro. E terras raras é uma hipótese relevante”, disse um técnico do Planalto.
Um auxiliar do ministro Fernando Haddad (Fazenda) também afirmou que o interesse dos americanos pelas terras raras brasileiras decorre do fato de que os minerais críticos disponíveis no Brasil são essenciais para as indústria de chips, carros elétricos e defesa, entre outras.
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Atualmente, os Estados Unidos dependem dos chineses para ter acesso a esses minerais. Ao estabelecer uma relação com o Brasil, avaliou um técnico da equipe econômica, o governo Trump teria acesso a grandes reservas no mesmo continente. O país ganharia com o desenvolvimento de uma indústria bilionária e, também, com a possível instalação de empresas estrangeiras, que beneficiariam os minerais em solo nacional para aumentar a geração de riquezas locais.
