Motta promete a Lula que não colocará pautas polêmicas em votação

O encontro com provável novo presidente da Câmara se deu em meio a embate do Congresso com o STF por causa de emendas, ambos negam que o tema esteve em pauta

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O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito na eleição para a presidência da Câmara, que ocorrerá no início de fevereiro de 2025, prometeu a Lula, em encontro na sexta-feira, 27, na residência oficial da Granja do Torto – onde o presidente passa as festas de fim de ano -, que não colocará em pauta, no próximo ano, projetos da chamada pauta de costumes defendida por parlamentares bolsonaristas e rejeitadas pelo atual governo.

Motta garantiu a Lula que evitará pautas polêmicas e priorizará temas de “interesse comum”, importantes para os dois lados, Executivo e Legislativo, segundo parlamentares do Republicanos.

A conversa aconteceu num momento de embate entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) por causa do bloqueio do pagamento de emendas parlamentares no valor de R$ 4,2 bilhões, pelo ministro Flávio Dino. Embora ambos os lados garantam que o tema não tenha sido tratado, o encontro teve o objetivo de tentar tranquilizar o presidente quanto ao provável acirramento desse conflito, após o recesso parlamentar.

Parlamentares de diversos partidos estão insatisfeitos por terem votado a favor do pacote fiscal do governo com a promessa de que recursos de emendas seriam liberados, mas o ministro Flávio Dino, pela segunda vez, acabou bloqueando-os. A primeira vez foi no início de dezembro, e a segunda no dia 23, antevéspera do Natal. Neste domingo, 29, despacho do ministro liberou parte dos recursos e veio recheado de críticas ao processo de tramitação e aprovação das emendas na Câmara.

Apesar de todos os problemas envolvendo as emendas e as chamadas “pautas bombas” defendidas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, Motta tentou tranquilizar Lula garantindo que 2025 “será um ano tranquilo”.

De acordo com parlamentares do Republicanos, Motta, o provável novo presidente da Câmara, assumiu em sua campanha para o cargo uma posição “de centro”, e quer “deixar um legado”, após sua passagem pela presidência. Ele deve ter encontros em breve também com representantes do Judicário.

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