O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visita Minas Gerais, estado onde seu partido não tem ainda candidato ao governo, nesta semana. Lula deve abrir a Caravana Federativa, evento da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, que acontece na Expominas, nos próximos dias 11 e 12 de dezembro, na Gameleira, Região Noroeste de Belo Horizonte. 


O evento acontece em meio a indefinições sobre quem será o candidato do presidente ao governo de Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, considerado estado-pêndulo das decisões sobre as campanhas presidenciais, já que, desde 2002, o candidato a presidente mais votado no estado subiu a rampa do Planalto. 

A caravana traz para a capital mineira representantes de ministérios e órgãos federais para dialogar e receber demandas de prefeitos, gestores de órgãos públicos e representantes de entidades de classe e  movimentos sociais. A expectativa é que o evento reúna representantes de cerca de 400 dos 853 municípios mineiros. Lula deve falar entre 15h e 17h no auditório principal da Expominas. As inscrições para a participação de gestores e prefeitos seguem abertas e podem ser feitas pelo Portal Federativo do governo federal.  


Existe a possibilidade, ainda não confirmada oficialmente, de que Lula participe também da inauguração do serviço de radioterapia para paciente oncológicos do Hospital Nossa Senhora das Dores, em Itabira (MG), na Região Central do estado, obra de cerca de R$ 30 milhões feita com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

De acordo com o vereador Pedro Rousseff, Lula vai para Itabira de manhã, à tarde participa da abertura da Caravana e depois retorna para Brasília. 

Essa é a oitava visita de Lula a Minas Gerais neste ano, onde esteve em oito cidades mineiras, algumas mais de uma vez, caso de Belo Horizonte, Contagem e Mariana. Segundo maior colégio eleitoral do país, o estado é um dos mais visitados pelos presidente.

Disputa estadual 

Além do encontro com gestores e prefeitos, o presidente também deve debater com aliados o futuro das eleições no estado, onde Lula precisa construir um palanque de olho em sua campanha à reeleição no ano que vem, quando serão eleitos presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. 


O PT quer que o senador Rodrigo Pacheco (PSD) seja candidato à sucessão de Romeu Zema (Novo), mas o parlamentar ainda não se decidiu e vem alternando discursos sobre seu futuro. Já chegou a dizer que pretende deixar a vida pública, para, na sequência afirmar, que vai ainda consultar seu grupo político para decidir seu destino.

O desejo do senador era ocupar uma cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), vaga aberta pela aposentadoria antecipada de Luiz Roberto Barroso, mas Lula indicou para o posto o advogado-geral da União, Jorge Messias, que ainda precisa ser sabatinado pelo Senado para assumir a função.

No caso de Pacheco não ser candidato, o PT cogita o nome da prefeita de Contagem, Marília Campos, ou uma possível aliança com o ex-prefeito Alexandre Kalil (PDT), pré-candidato ao governo de Minas. No entanto, em entrevista ao EM Minas, programa da TV Alterosa/SBT em parceria com o Estado de Minas e o Portal Uai, a prefeita descartou a possibilidade de entrar no páreo do Executivo estadual, mas disse ver “com bons olhos” uma candidatura ao Senado.

Para os petistas, somente um apelo do presidente poderia fazer a prefeita mudar de ideia. Marília é esperada na Caravana Federativa, que deve contar com a presença do presidente na solenidade de abertura. A presença de Pacheco também é aguardada.

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Outra possibilidade que vem sendo discutida pelo partido é uma aliança com Kalil que, em 2022 disputou o governo de Minas tendo como candidato a vice-governador o então deputado estadual André Quintão (PT), mas foi derrotado no primeiro turno por Zema, que foi reeleito. 

Também são cogitados, em caso da formalização de que Pacheco não deve mesmo ser candidato, os nomes do ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Tadeu Martins Leite (MDB), ou até mesmo uma aliança com o ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (MDB), já lançado oficialmente como pré-candidato pelo partido. Silveira e Pacheco ainda não deram nenhum sinal público de que podem topar a empreitada. 

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