Janja discursa em ato contra o feminicídio: 'Nenhuma deve viver com medo'
Primeira-dama marcou presença em ato em defesa da vida das mulheres em Brasília ao lado de ministras do governo Lula (PT)
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A onda de feminicídios recentes no Brasil motivou a mobilização de um ato nacional em defesa da vida das mulheres neste domingo (7/12). Em Brasília (DF), a primeira-dama Janja participou da manifestação e discursou para o público presente na Torre de TV.
“Eu queria, sinceramente, estar reunida com vocês para comemorar resultados felizes, dias felizes. Mas infelizmente não é isso que a gente tem visto no nosso Brasil tão amado”, disse.
O movimento é chamado de “Mulheres Vivas” e, em Brasília, também contou com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
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“Em um país onde o feminicídio ainda interrompe vozes e vidas diariamente, a união de todas as pessoas é um ato urgente. Mulheres, homens e toda a sociedade precisam caminhar lado a lado, rompendo o silêncio, cobrando justiça e apoiando quem sofre violência”, escreveu Janja, em post no Instagram.
“Que esse grito siga ecoando todos os dias, que nos lembremos que combater o feminicídio não é apenas defender vidas, é afirmar que nenhuma brasileira deve viver com medo. Seguimos juntas em luta!”, completou.
Ato nacional contra o feminicídio
Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, de janeiro a setembro deste ano, cerca de 2,7 mil mulheres sofreram tentativa de feminicídio e 1.077 foram assassinadas, o que representa, em média, quatro mortes por dia.
Em Minas Gerais, somente no primeiro semestre deste ano, foram registrados 78.697 casos de violência doméstica, além de 167 vítimas de feminicídio, sendo 72 mortes consumadas e 95 tentativas. No ano passado, foi registrado um aumento de 26% nas tentativas de feminicídio.
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O ato de Belo Horizonte ocorre na Praça Raul Soares, região Central. "Parem de nos matar" e "Somos voz das que foram silenciadas", dizem cartazes da manifestação.