O Partido dos Trabalhadores decidiu levar à Justiça a polêmica envolvendo Romeu Zema (Novo) e o vídeo em que o governador aparece estourando um rojão em Belo Horizonte, cidade onde a prática é proibida por lei. O anúncio foi feito nesta terça-feira (2/12) pelo deputado estadual Cristiano Silveira (PT) durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa.

A gravação foi publicada por Zema no sábado (29/11) e mostra o governador reproduzindo um meme que combina um comentário irônico, com o momento em que acende um artefato pirotécnico. A peça foi usada para comemorar nas redes sociais a derrota do PT em um processo judicial movido contra ele.

O detalhe que motivou a reação do partido é que Belo Horizonte tem, desde 2022, uma lei que proíbe fogos de artifício com estampido e outros efeitos sonoros ruidosos. A norma prevê multa mínima de R$ 100 para quem descumpri-la.

No plenário, Silveira afirmou que o vídeo demonstra desrespeito ao ordenamento municipal e que o governador deveria responder pelo episódio. Ele criticou a atitude e listou grupos afetados pelos fogos ruidosos.

“O Partido dos Trabalhadores está ingressando com uma ação para que ele seja responsabilizado, sendo verdade esta imagem que todos nós vimos, porque é um crime. Ele está desconectado da realidade, está na fantasia... é tão obcecado em ganhar mais uma curtida na rede social que faz qualquer idiotice. E a idiotice do momento foi soltar fogos numa cidade onde a lei proíbe”, disse.

As imagens receberam críticas nas redes sociais, o que levou Zema a justificar que o ruído exibido na gravação não correspondia à cena real. Segundo ele, “respeitando a Lei 11.400/2022, o ruído dos fogos foi adicionado em edição”. Em nota, o Governo de Minas reforçou o posicionamento divulgado pelo governador e afirmou que não houve descumprimento da legislação municipal.

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O vídeo mostra o rojão sendo aceso, a projeção vertical do artefato e a explosão no céu. Em seguida, Zema volta a criticar o PT, menciona investigações no INSS e afirma ter sido alvo de tentativa de “censura” por parte do partido.

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