O ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira (PSD-MG), atendeu a imprensa no Senado Federal nesta segunda-feira (1º/12) e respondeu sobre as articulações para a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente Lula escolheu Messias, atual advogado-geral da União, para a vaga deixada pela aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, preterindo o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Contudo, o parlamentar é o principal aliado do líder da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), que pode dificultar a indicação.

"Eu acredito sempre no diálogo, na busca dos problemas reais da sociedade. Esse é o papel que o presidente Lula exerce com tanta experiência, de forma extremamente dedicada. Dialogar para construir maioria nas casas parlamentares é extremamente natural e qualquer estresse que seja pontual, eu tenho absoluta convicção que será resolvido para o bem do Brasil", analisou Silveira.

Para confirmar a indicação de Lula, o escolhido tem que passar por uma sabatina no Senado e depois deve ser aprovado pela maioria da Casa.

"Quem sabe a hora de o presidente Lula entrar em qualquer discussão é o presidente Lula, que teve 60 milhões de votos no Brasil. É o líder desta nação, tem uma responsabilidade e uma experiência tremenda no trato com a coisa pública e no trato na relação democrática com o Parlamento Nacional", disse.

Pacheco no governo?

O ex-presidente do Congresso Nacional é o nome preferido de Lula para a disputa do Executivo mineiro em 2026. Ele, contudo, tem se colocado mais distante do páreo nas últimas declarações públicas.

Seu partido, inclusive, acaba de filiar o vice-governador, Mateus Simões, herdeiro político de Romeu Zema (Novo) nas eleições de 2026. Então, se realmente quiser concorrer, Pacheco terá que trocar de legenda – o que deve acontecer em breve, junto com Silveira, seu aliado no PSD.

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"Se o ex-presidente (do Senado] e amigo Rodrigo Pacheco for candidato a governador de Minas, eu já deixei público que eu apoiarei com todo entusiasmo, até porque eu reconheço o seu valor como homem público, como alguém que prestou relevância em vista à sociedade brasileira, na defesa da democracia, na defesa dos valores republicanos", completou Silveira.

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