Com galerias lotadas, ALMG inicia votação final da privatização da Copasa
Para aprovar a privatização da Copasa, o governo precisa do apoio de, no mínimo, 48 dos 77 deputados estaduais
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Com as galerias ocupadas por manifestantes contrários à proposta, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) iniciou, na manhã desta quarta-feira (17/12), a votação em segundo turno do projeto de lei do governador Romeu Zema (Novo) que autoriza a privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).
Durante a sessão, servidores públicos, apelidados de “copasianos” por parlamentares, protestaram contra a medida, pedindo o arquivamento do projeto, e vaiaram o governador. A mobilização marcou o início da apreciação final da matéria, considerada uma das mais sensíveis do ano no Legislativo mineiro.
Milton Costa, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Minas Gerais (Sindágua-MG), afirmou que a estratégia dos manifestantes é tentar convencer deputados da base governista a recuar do apoio à proposta.
Segundo Milton, o ritmo acelerado da tramitação levanta desconfiança entre os trabalhadores. “A gente acha muito estranho porque está acelerado demais. As coisas estão sendo atropeladas. Parece que há um lobby financeiro por trás disso. O governo veio com tudo para cima da gente, como um rolo compressor”, criticou.
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O diretor do Sindágua-MG também destacou o temor de impactos diretos sobre os funcionários da companhia. “Para os trabalhadores, a preocupação é com desemprego, demissões em massa, perda de condições e de benefícios, o que afeta diretamente as nossas famílias”, afirmou.
A votação ocorre no encerramento dos trabalhos legislativos de 2025 e em meio a forte mobilização de servidores públicos e parlamentares da oposição. Para garantir a apreciação da matéria, a Mesa da Assembleia convocou três sessões plenárias, uma pela manhã, outra a tarde e uma à noite, caso haja atraso provocado por obstrução.
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Para aprovar a privatização da Copasa, o governo precisa do apoio de, no mínimo, 48 dos 77 deputados estaduais.