ELEIÇÕES 2026

Caporezzo pressiona Nikolas e reivindica apoio de Bolsonaro ao Senado

Deputado estadual do PL acusa Nikolas de ocultar posições internas e afirma que só o ex-presidente poderia retirá-lo da pré-candidatura ao Senado por Minas

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A disputa pela indicação bolsonarista ao Senado em Minas Gerais deixou de ser uma negociação interna e passou a ser travada à luz do dia. A decisão do deputado Nikolas Ferreira (PL) de não assumir publicamente se será candidato ao governo, sobretudo, de cogitar um alinhamento com o vice-governador Mateus Simões (PSD), acendeu uma reação imediata de aliados.

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O mais vocal deles é p deputado estadual Caporezzo (PL), que até então era tratado como o nome natural do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a disputa.

O rearranjo interno tem implicações imediatas. Caso Nikolas opte por apoiar uma costura com o governo Romeu Zema, o parlamentar ficaria pressionado pela segurança pública, sua própria classe, que majoritariamente é de direita e contrária ao atual governo.

A vaga do PL seria ocupada por Domingos Sávio, presidente da legenda em Minas. A possibilidade de mudança fez Caporezzo reagir duramente, acusando Nikolas de não ser transparente sobre as orientações do próprio Bolsonaro e de esconder divergências de valores sob o argumento da “viabilidade política”.

Em declaração obtida pelo Estado de Minas, Caporezzo cita a longa relação pessoal com Nikolas, mas afirma que o deputado evita dizer publicamente que Bolsonaro não deseja aproximação com o governo mineiro. 

"Primeiro, eu sou amigo do Nikolas, eu o conheço há sete anos. Nós fazemos parte do mesmo movimento muito antes de sequer sonharmos em ser deputados, tá? Viajei com ele para Brasília, viajei com ele para os Estados Unidos. É uma pessoa genial, que tem um trabalho extremamente importante para a direita".

Caporezzo, que se define como mais alinhado aos valores conservadores, também questiona a hesitação do deputado em se colocar na disputa. “O nome mais viável hoje para o governo de Minas é o nome de Nikolas Ferreira. Mas ele, a princípio, não tem interesse”, disse.

Para ele, a postura abre espaço para um acordo que, segundo afirma, contraria a vontade expressa de Bolsonaro. “O presidente Bolsonaro afirmou ao deputado Domingos Sávio, na frente de diversos parlamentares, que não tem interesse em uma composição com o governo de Minas. O interesse dele está no Senado Federal, porque é lá que as grandes lutas do Brasil serão travadas”.

A crítica mais pesada surge quando Caporezzo contrapõe “viabilidade política” a “alinhamento de valores”, numa cobrança pública rara dentro da direita mineira. “Nikolas, quem vai defender mais a família do que eu? Quem vai defender mais a vida do que eu? Quem vai defender mais as nossas crianças em sala de aula do que eu? Quem vai se posicionar com mais ênfase contra o ativismo judicial, contra os abusos do Poder Judiciário?”, questionou.

Caporezzo também atribui significado político ao encontro recente entre Nikolas e Mateus Simões no Bope, insinuando que o gesto teria o objetivo de sinalizar aproximação com o governo Zema. Ele afirma que as forças de segurança rejeitam a atual gestão e critica o tratamento dado às corporações. “Pergunte a um policial qual é a opinião dele a respeito do tratamento que recebe do governo Zema. Vocês vão se surpreender negativamente”, disse.

Para reforçar sua própria viabilidade, Caporezzo lista apoios internos e resultados de pesquisas recentes que o colocam entre os primeiros colocados na corrida ao Senado. “Viabilidade política não me falta. Estou em primeiro lugar nas pesquisas. O TSE afirmou que 70% dos votos da próxima eleição virão das redes sociais. A rede social mais conservadora, com maior alcance em Minas, dentro do PL, depois da do Nikolas Ferreira, é a minha”.

No esforço de se consolidar como representante legítimo do bolsonarismo mineiro, Caporezzo destaca sua relação com a família do ex-presidente. “Eu tenho a confiança e a amizade do presidente Jair Bolsonaro. O Eduardo Bolsonaro falou meu nome mais de quatro vezes para o Senado em Minas Gerais. Sou amigo do Carlos, sou amigo do Renan e agradeço pela confiança da família Bolsonaro”.

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Num recado final, direcionado tanto a Nikolas quanto ao PL mineiro, Caporezzo afirmou que somente Bolsonaro teria autoridade para pedir sua retirada da disputa. “Somente o presidente Bolsonaro tem a capacidade de me fazer recuar da minha pré-candidatura. Do contrário, eu vou até o fim. Sabe por quê? Porque não existe ninguém mais à direita do que eu para o Senado em Minas Gerais”.

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