Carlos Viana vai pautar convocação de Jorge Messias à CPMI do INSS
Movimento ocorre em meio ao acirramento do debate político sobre a indicação do AGU ao STF (Supremo Tribunal Federal)
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A CPMI do INSS deve decidir, na quinta-feira (27/11), se convocará o advogado-geral da União, Jorge Messias, para depor. A informação foi confirmada pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), em postagem publicada na madrugada desta terça-feira (25/11) no X (antigo Twitter).
A possível ida de Messias à CPMI ocorre em meio ao acirramento do debate político sobre sua indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal). Ele foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a vaga deixada por Luís Roberto Barroso.
O movimento para convocar Messias ganhou força na semana passada, quando parlamentares da oposição insistiram que o AGU deve explicar suspeitas de que, em 2024, teria havido uma espécie de proteção a pedidos de bloqueios judiciais relacionados ao Sindnapi-FS, sindicato ligado à Força Sindical.
Opositores como Carlos Jordy (PL-RJ) e Evair de Melo (PP-ES) reforçaram o apelo. Jordy declarou que Messias precisa ser “sabatinado” pela comissão e cobrou explicações sobre sua atuação, dizendo querer entender por que o AGU “não tomou providências” antes da Operação Sem Desconto.
No Senado, o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), elevou o tom e acusou a AGU de “prevaricação”, prometendo levar o caso a órgãos de controle.
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Na publicação em que confirmou que colocará o pedido de convocação em votação, Viana escreveu: “Decidi colocar em pauta, nesta quinta-feira, na CPMI do INSS, a votação do pedido de convocação do ministro da AGU, Jorge Messias. Os parlamentares terão a oportunidade de votar contra ou a favor. Em temas que envolvem o interesse público, a verdade sempre encontra seu caminho e o Parlamento existe para permitir que ela apareça”.
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A votação desta quinta-feira definirá se Messias será oficialmente chamado para prestar depoimento à comissão, que investiga irregularidades no âmbito do INSS e possíveis esquemas envolvendo sindicatos e intermediários.