O vice-governador Mateus Simões (Novo) afirmou, neste domingo (19/10), em carta de despedida enviada a seus correligionários, que a mudança de legenda é importante para garantir a sucessão e a continuidade do governo de Romeu Zema (Novo). Filiação do político está marcada para o fim do mês em um hotel em Belo Horizonte.
"Encerro esta etapa com gratidão e começo uma nova jornada. Nos próximos dias, me filiarei ao PSD, partido que, em Minas, representa a unificação necessária para garantir a sucessão do governador Romeu Zema e a continuidade do nosso projeto de transformação", escreveu o pré-candidato ao governo de Minas Gerais.
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Simões vem articulando apoios para sua candidatura. A mudança de partido representa, além de maior tempo na propaganda eleitoral, mais verbas do Fundo Partidário.
A divisão de parte dos valores leva em conta a quantidade de deputados federais e senadores que cada legenda possui. Enquanto o Novo conta com apenas seis eleitos — cinco deputados e um senador —, o PSD possui 60 deputados e 13 senadores.
"Acredito que a força política do PSD, com a maior bancada na Assembleia e o maior número de prefeitos do Estado, é essencial para enfrentar os riscos de candidaturas aventureiras e o retorno dos que tanto prejudicaram Minas no passado", justificou.
Na mensagem, Simões também fez um aceno para uma aproximação com o Republicanos e com o PL. Na última visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Belo Horizonte, em junho, vice-governador ciceroneou o líder de extrema-direita em praticamente todas as agendas.
O apoio de Bolsonaro ao governo mineiro deve encontrar como empecilho uma possível candidatura do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), que ainda não se apresentou como pré-candidato, mas vem aparecendo bem em diversas pesquisas.
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Já no PSD, a disputa pela candidatura será com o senador Rodrigo Pacheco, nome que vem sendo mencionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como seu principal candidato. Caso a disputa na legenda se mostre mais favorável ao aliado de Zema, a tendência é que o senador busque outra sigla para concorrer, como o PSB, o MDB ou o União Brasil, que já demonstraram interesse em contar com ele.
