
Secretário de Zema repercute críticas de Haddad: 'União fez suas escolhas'
Secretario de Fazenda, Luiz Claudio afirma que vetos ao Propag causam problemas a curto prazo, mas programa ainda é bom
Mais lidas
compartilhe
Siga noO secretário de Estado de Fazenda do Governo Zema (Novo), Luiz Claudio Gomes, repercutiu as críticas do ministro Fernando Haddad (PT) aos comentários do governador sobre o Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag), reconhecendo os problemas fiscais que a União enfrenta. Por outro lado, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, nesta quinta-feira (16/1), o secretário explicou as dificuldades que os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto trazem no curto prazo.
Segundo o secretário, o principal ponto para o governo de Minas são as dívidas garantidas - débitos que o estado contraiu com bancos privados que seriam assumidos pela União e refinanciados no Propag. O benefício foi vetado do projeto, mas ainda existe no Regime de Recuperação Fiscal.
-
16/01/2025 - 17:34 Justiça rejeita ação de Damares contra resolução de aborto legal em menores -
16/01/2025 - 17:36 Fuad Noman inicia processo de neuro reabilitação; prefeito está acordado -
16/01/2025 - 17:47 Bolsonaro diz que negativa de Moraes sobre passaporte é 'grave decepção'
“A União tem as questões fiscais dela. O Brasil tem uma discussão importante sobre a situação fiscal do Estado como todo: União, estados e municípios. Isso é uma discussão de ministério, de governo e de estado. Por outro lado, essas dívidas estavam garantidas no Regime de Recuperação Fiscal”, disse.
- Lula sanciona regulamentação da reforma tributária, com vetos
- Moraes nega devolução do passaporte de Bolsonaro e veta ida à posse de Trump
De acordo com o Palácio Tiradentes, o veto cria um passivo extra de R$ 5 bilhões entre 2025 e 2026, o que, a curto prazo, pode trazer novas complicações. Gomes prega cautela com o estudo dos vetos, publicados na terça-feira (14/1), e a regulamentação do Propag, ainda a ser feita pela Secretaria Nacional de Tesouro, mas estima adesão ao Propag até o limite de 31 de dezembro.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
“O Propag tem como grande motivação resolver a dívida dos Estados superendividados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul; 97% das dívidas dos estados com a União estão concentradas neles. Os últimos três, inclusive, estão em RRF. Então é um grande ato de gestão de solução final da dívida dos estados com a União, não há dúvida. O que chama atenção é que (essa garantia das dívidas com bancos privados) fazia parte do Regime de recuperação fiscal. [...] A União fez as escolhas dela. A gente está aqui comentando porque realmente tem um impacto”, completou o secretário.