
Câmara de Santa Luzia aumenta salários de vice-prefeito e secretários
Vereadores de município da Região Metropolitana de BH aprovaram projeto em sessão extraordinária no apagar das luzes de 2024 e beneficia próxima gestão
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Siga noEm meio ao recesso de fim de ano, os vereadores de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, aprovaram um aumento dos salários do vice-prefeito e dos secretários municipais. Os parlamentares votaram de maneira favorável ao benefício em uma sessão extraordinária nesta sexta-feira (27/12). Para ser efetivada antes de 2025, contudo, a medida ainda depende da sanção do prefeito Pastor Sérgio (PSD).
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O texto, que foi apresentado pelo parlamentar Cristiano Matos (Mobiliza), não altera o salário do prefeito, que continuaria ganhando aproximadamente R$ 24 mil. Cabe destacar que o atual chefe do Executivo em Santa Luzia entregará o cargo neste mês. No próximo dia 1, Paulo Bigodinho (Avante) tomará posse.
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Porém, o projeto beneficia diretamente vários integrantes da próxima gestão, entre os quais o vice-prefeito, cujo salário saltaria dos atuais R$ 8 mil para cerca R$ 17 mil. Os secretários municipais também receberiam um aumento de cerca de 12%: assim, o salário deles subiria dos atuais R$ 12 mil para cerca de R$ 14 mil.
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O vereador Wander Carvalho (PSD) foi o único parlamentar de Santa Luzia a votar contra o aumento. Ele participou das últimas eleições a prefeito, mas não foi eleito. "É um momento inoportuno para isso, uma vez que a cidade está em fase de transição, com um novo governo assumindo. E, realmente, a cidade tem passado por algumas dificuldades financeiras", avalia.
Para ele, um aumento poderia ser discutido futuramente, em outro contexto, quando o caixa do município estivesse mais fortalecido, mas de modo a contemplar outros servidores. "Quem tem que ter o benefício é o povo, os servidores que trabalham na ponta, que são o coletor de lixo, o faxineiro, o capinador, o professor", acrescenta.
Por sua vez, Cristiano Matos, autor do projeto, concorreu nas últimas eleições a vereador, mas também não se elegeu. Ele pondera que a redefinição dos valores dos salários é um trâmite normal e que já deveria ter acontecido no ano passado. "De 4 em 4 anos, a Câmara tem que aprovar o reajuste", justifica.
Quanto ao elevado reajuste do salário do vice-prefeito, ele pontua que o valor total ainda não seria elevado. "O do vice ainda estaria bem aquém do salário do prefeito", conclui.