
Governo Zema nega que privatização da Cemig repetirá crise de São Paulo
Mateus Simões afirmou que as propostas de privatização das estatais mantém governança do Executivo estadual
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Siga noApós entregar dois projetos de lei que propõem a privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o governador em exercício Mateus Simões (Novo) afirmou, nesta quinta-feira (14/11), que a gestão tomará providências para que Minas não passe por uma crise de energia como São Paulo.
Simões justificou que, caso os PLs sejam aprovados, o governo participará das decisões em um formato de Golden Share - isto é, um tipo de ação que dá ao seu titular o poder de veto em decisões importantes de uma empresa.
“Nós não podemos ter alterações substanciais na forma de funcionamento sem aprovação do poder público. A gente está mantendo com o poder público a sede, nome, decisão sobre investimentos estratégicos e aprovação dos planos de investimento plurianuais. A nossa proposta toda mantém um grau de governança sobre a privatização muito maior do que o que foi feito na casa da Enel”, declarou.
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Quase 700 mil residências na cidade de São Paulo ficaram sem luz por ao menos quatro dias em outubro deste ano. Na capital paulista, a distribuição de energia é feita pela empresa italiana Enel (Entidade Nacional de Energia Elétrica), que comprou as ações da antiga estatal Eletropaulo, privatizada em 1998.
O Bloco Democracia e Luta, oposição ao governador Romeu Zema (Novo) no legislativo mineiro, garantiu resistência aos projetos protocolados por Simões e afirmou que é contrário à ideia de renegociação da dívida do estado via Propag. O grupo é integrado por parlamentares do PT, PV, Rede, Psol, e PCdoB.
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O grupo relembrou o exemplo da privatização da companhia energética paulista. “O que ocorreu em São Paulo é um alerta claro: a falta de supervisão adequada e o desmonte das equipes de manutenção resultam em serviços precários e apagões frequentes, evidenciando a ineficácia do modelo privatizado. É esse modelo que Zema quer repetir em Minas Gerais”, afirmou em nota.