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INVESTIGAÇÃO

Pacheco diz que Abin Paralela é 'ato criminoso' e 'fragiliza a democracia'

Presidente do Congresso Nacional comentou a investigação sobre a suposta intrumentalização da Abin no governo Bolsonaro

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O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou a instrumentalização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para a prática de espionagem ilegal de parlamentares como um “ato criminoso” que “fragiliza a democracia”. Em nota enviada à imprensa, nesta quinta-feira (11/7), Pacheco comentou o esquema montado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e que foi chamado de “Abin Paralela”.

“Contaminar a Agência Brasileira de Inteligência com ações político-partidárias e se utilizar do aparato estatal para espionar e perseguir parlamentares legitimamente eleitos é ato criminoso, que fragiliza não somente a instituição, mas a democracia e a soberania do país”, escreveu o senador.

Segundo a Polícia Federal, a gestão Bolsonaro aparelhou a Abin para formar uma organização criminosa que monitorava pessoas e autoridades públicas, invadindo celulares e computadores privados. Dentre as principais vítimas, estão algozes do ex-presidente, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados e senadores.

As investigações apontam que o grupo criminoso era dividido em quatro núcleos. O grupo teria usado o software First Mile para espionar os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux; e os senadores Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

O relatório da Operação Última Milha teve o sigilo suspenso por Moraes nesta quinta-feira (11/7), após a PF cumprir cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão. Segundo o documento, a Abin também estaria sendo usada em investigações que envolvem familiares do ex-presidente.

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