Trânsito intenso na BR-381, sentido Vitória, em Belo Horizonte -  (crédito: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

Trânsito intenso na BR-381, sentido Vitória, em Belo Horizonte

crédito: Edesio Ferreira/EM/D.A Press

Entre os anúncios esperados para Minas Gerais na primeira visita de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Minas Gerais, desde sua eleição em 2022, está a resolução dos problemas atrelados ao gargalo da BR-381 na chegada a Belo Horizonte. O petista apresentará uma série de medidas para o estado na manhã desta quinta-feira (8/2) em evento no Minascentro, no Centro da capital. Conforme apurado pelo Estado de Minas, uma das possibilidades aponta para a exclusão do trecho entre o Anel Rodoviário Celso de Mello e a cidade de Caeté, na Região Metropolitana de BH, do projeto de concessão da rodovia, ficando a responsabilidade por parte da duplicação da estrada e do remanejamento das famílias que vivem às margens da via a cargo da União.

 

 

Segundo fonte no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a ideia é que o governo assuma as desapropriações entre Belo Horizonte e Caeté e parte das obras de duplicação do trecho. O restante da estrada fica a cargo da concessionária que vencer o leilão da rodovia até Governador Valadares, previsto para acontecer ainda neste ano após três leilões malogrados por falta de interessados.

 

O Ministério dos Transportes foi procurado pela reportagem, mas não confirmou o conteúdo dos anúncios da pasta na capital mineira.

 

Soluções para a chamada ‘Rodovia da Morte’ estão entre os anúncios mais esperados nesta visita de Lula a Belo Horizonte. O Ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), é uma das autoridades esperadas para dividir o palanque com o presidente e deve ser o responsável por apresentar as alternativas relativas às estradas mineiras.

 

Em novembro do ano passado, um leilão de concessão da rodovia entre BH e Governador Valadares, na Região do Vale do Rio Doce, terminou sem interessados, e a privatização da estrada, bem como as obras para sua duplicação e demais melhorias, foi adiada. Este foi o terceiro pregão deserto na tentativa de repassar o trecho à iniciativa privada desde 2013.

 

Conforme apurado pela reportagem, eventuais interessados se afastam da rodovia pelos riscos relacionados à instabilidade geológica dos arredores da estrada e a necessidade de remover milhares de famílias que vivem às margens da via, o que causa insegurança jurídica. Com a União assumindo a responsabilidade por um dos trechos mais sensíveis da Rodovia da Morte, acredita-se que a ideia da concessão atraia mais empresas.

 

No início deste ano, o Estado de Minas percorreu o trecho do gargalo da chegada a BH pela BR-381 e mostrou a realidade de quem precisa rodar na pista e enfrenta um trânsito perene e de quem vive às margens da estrada e sofre com risco de acidentes e com o barulho do tráfego.