Um desentendimento entre dois turistas e um empregado de uma barraca de praia acabou em confusão em Porto de Galinhas, em Pernambuco, no sábado (27/12). 

O casal de empresários Johnny Andrade Barbosa e Cleiton Zanatta, do Mato Grosso do Sul, foi agredido ao se recusar a pagar uma diferença a mais do que o combinado pelo aluguel de cadeiras de praia.

 

Segundo os empresários, ao chegarem à praia, um homem se aproximou oferecendo cadeiras de praia, informando que teriam de pagar R$ 60 pelo aluguel. No entanto, quando foram pagar a conta, o valor informado passou para R$ 80.

Uma discussão começou quando Johnny disse que não pagaria aquele valor. “Nós questionamos. Dissemos que não tinha sido esse o valor combinado. Falei que não iria pagar o novo valor. O cara disse que iria pagar sim. Logo em seguida, ele passou a mão numa cadeira e a jogou em mim. Tentei me defender, mas surgiram outras pessoas e me jogaram no chão. Quando me dei conta, eram 10, 15 batendo na gente.”

Foram muitas as agressões e Johnny ficou com um olho roxo. Ele contou que poderia estar morto, junto com o amigo, não fosse a interferência dos salva-vidas da praia. “levamos socos, chutes e cadeiradas”, diz Johnny.

Um boletim de ocorrências foi registrado pelas vítimas, que decidiram contratar um advogado para mover um processo contra a  Prefeitura de Ipojuca (PE) e o Governo de Pernambuco.

“Outro grande problema, aqui em Porto de galinhas, é a falta de policiamento”, denuncia Johnny, que reclama também da falta de estrutura no hospital, uma unidade municipal de saúde, para o qual foram levados. Como o local não tinha o equipamento necessário para realizar um exame de Raio-X, eles tiveram que pegar um transporte por aplicativo para uma outra unidade hospitalar.

“Porto de Galinhas é um lugar maravilhoso, recebe turistas do mundo inteiro, só que, enquanto houve essa situação, não venham para Porto de Galinhas. Nós vamos processar a prefeitura e o Estado de Pernambuco e eu espero nunca mais na minha vida pisar nesse lugar. Estou intimando você, prefeito, a arcar com nossos prejuízos”, disse Cleiton.

Um vídeo mostra o momento das agressões e quando as vítimas são socorridas por salva-vidas.

Os outros lados

A prefeitura de Ipojuca repudiou a agressão e informou que os órgãos competentes já apuram o ocorrido para identificar os envolvidos e adotar as medidas legais cabíveis.

“Trata-se de um fato grave e incompatível com os valores de respeito, acolhimento e hospitalidade que norteiam o destino”, diz uma nota da administração municipal.

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) informou que abriu processo para apurar o caso. Em nota, alega que que a Polícia Militar trabalha com um esquema de reforço em Porto de Galinhas para evitar episódios semelhantes.

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A SDS-PE informou ainda que, quando as forças de segurança chegaram ao local, a situação já estava controlada. E afirma que o caso é tratado como prioridade, para identificar e responsabilizar os agressores.

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