HORROR A POBRE

Aporofobia: entenda o termo usado contra o prefeito de Florianópolis

Medida em Florianópolis levanta discussões sobre a aversão a pobres; entenda o conceito e como ele se manifesta em políticas públicas no Brasil

Publicidade
Carregando...

Uma medida anunciada pelo prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, foi apontada como aporofobia. A política consiste em oferecer passagens de volta a pessoas que chegam à capital catarinense sem emprego ou moradia, o que gerou críticas e levantou questionamentos sobre a aversão e a discriminação contra pessoas em situação de pobreza.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O ESTADO DE MINAS NO Google Discover Icon Google Discover SIGA O EM NO Google Discover Icon Google Discover

O episódio trouxe à tona um termo ainda pouco conhecido por muitos, mas que descreve um preconceito estrutural presente na sociedade. A discussão vai além da capital catarinense e reflete como políticas públicas e atitudes cotidianas podem reforçar a exclusão social baseada puramente na condição financeira.

O que é aporofobia?

Aporofobia é um neologismo que significa literalmente "aversão a pobres". O termo foi criado pela filósofa espanhola Adela Cortina na década de 1990 para nomear o preconceito e a hostilidade direcionados a pessoas pobres, desamparadas ou em situação de vulnerabilidade social.

Diferente da xenofobia (aversão a estrangeiros) ou do racismo (preconceito de raça ou etnia), a aporofobia se concentra exclusivamente na condição econômica do indivíduo. A rejeição não é contra o estrangeiro com dinheiro, mas contra aquele que não tem recursos. É uma forma de discriminação que marginaliza quem mais precisa de acolhimento.

Como a aporofobia se manifesta no Brasil?

No dia a dia, a aporofobia aparece de várias formas, muitas vezes sutis, mas também em ações institucionais. Um dos exemplos mais visíveis é a chamada arquitetura hostil: a instalação de pinos metálicos, pedras pontiagudas ou divisórias em bancos de praças para impedir que pessoas em situação de rua usem esses espaços para descansar.

Outras manifestações incluem:

  • Políticas de "higienização social": ações governamentais que buscam remover populações pobres de áreas urbanas valorizadas, sob o pretexto de segurança ou revitalização.

  • Discriminação no acesso: tratamento diferenciado em estabelecimentos comerciais, shoppings ou até em serviços públicos com base na aparência ou vestimenta da pessoa.

  • Criminalização da pobreza: quando a própria condição de vulnerabilidade é tratada como um caso de polícia, em vez de uma questão de assistência social.

Embora a aporofobia ainda não seja tipificada como um crime específico na legislação brasileira, o debate sobre sua criminalização tem avançado. Uma vitória nesse sentido foi a sanção da Lei Padre Júlio Lancellotti (Lei nº 14.489/2022), que proíbe o uso de arquitetura hostil em espaços públicos. Além disso, O Projeto de Lei n° 1636/2022, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), pretende criminalizar a aporofobia.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay