DROGAS

5 métodos bizarros usados por traficantes para esconder drogas no país

Do transporte dentro do corpo a esconderijos em frutas e eletrônicos: conheça as táticas mais surpreendentes já flagradas pela polícia brasileira

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De compartimentos secretos a disfarces em alimentos, as táticas que criminosos adotam para esconder drogas evoluem constantemente na tentativa de enganar a fiscalização. O recente caso de uma mulher que precisou de cirurgia para retirar maconha escondida no ânus em Montes Claros, no Norte de Minas, apesar de chocar as pessoas, está longe de ser um fato isolado.

Traficantes assumem riscos extremos para movimentar as drogas pelo Brasil e despachá-las ao exterior. As autoridades procuram analisar e se adaptar a cada nova estratégia, a fim de entender esses métodos cada vez mais surpreendentes. Conheça cinco das técnicas mais bizarras já flagradas pela polícia no país.

  1. Transporte no corpo: o alto risco das "mulas" humanas: o método que levou à prisão da mulher em Minas Gerais é um dos mais conhecidos e perigosos. Nele, pessoas conhecidas como "mulas do tráfico" transportam substâncias ilícitas dentro do próprio organismo. A prática ocorre principalmente de duas formas: pela ingestão de cápsulas ou pela introdução de pacotes em cavidades corporais.

    Na primeira modalidade, o transportador engole pequenas cápsulas com drogas como cocaína. O material fica alojado no sistema digestivo até ser expelido. O risco é altíssimo, pois o rompimento das cápsulas pode causar uma overdose, e, em alguns casos, até matar a pessoa.

    A outra forma é a inserção dos volumes no ânus ou na vagina. Embora não apresente o mesmo risco de overdose por ingestão, ainda expõe o indivíduo a graves infecções internas. Esse tipo de transporte é frequentemente identificado em aeroportos, onde a polícia utiliza scanners corporais e análise de comportamento para identificar possíveis suspeitos.

  2. Disfarce em alimentos e produtos do dia a dia: a camuflagem de drogas em alimentos é uma tática que explora a aparência de normalidade de produtos cotidianos. Criminosos já foram flagrados tentando enviar cocaína escondida dentro de açaí congelado, em fundos falsos de latas de comida e até mesmo em embalagens de doces e salgadinhos, visando ao transporte em ônibus e voos comerciais.

    Frutas como melancias, abacaxis e cocos também são esvaziadas para que os entorpecentes sejam inseridos em seu interior. A fruta é depois fechada com cera ou cola para não levantar suspeitas. Em uma abordagem mais sofisticada, a droga pode ser diluída em estado líquido e misturada a bebidas como cachaça ou disfarçada em frascos de xampu e cosméticos.

  3. Escondido em eletrônicos e encomendas postais: com o crescimento do comércio eletrônico, o envio de drogas por meio de serviços postais se tornou uma rota cada vez mais explorada. Para burlar a fiscalização por raio-X, os traficantes usam a criatividade para ocultar as substâncias em objetos que naturalmente possuem diversos componentes internos, como aparelhos eletrônicos.

    Consoles de videogame, televisores, caixas de som e até notebooks são abertos e têm seus componentes internos reorganizados para criar espaço a pacotes de drogas. A carcaça é então fechada, e o aparelho, enviado como uma encomenda comum, muitas vezes declarado como um presente ou produto usado.

    O desafio para as autoridades é inspecionar o volume gigantesco de pacotes que circulam diariamente. A fiscalização costuma ser feita por amostragem e com o auxílio de cães farejadores e equipamentos de raio-X, mas a habilidade dos criminosos em disfarçar os pacotes torna a detecção uma tarefa complexa e contínua.

  4. Camuflagem em peças e estruturas de veículos: o transporte rodoviário é um dos principais meios de distribuição de drogas no país, e os métodos para escondê-las em carros, ônibus e caminhões são extremamente variados. Vão muito além de simples fundos falsos. Os criminosos criam compartimentos sofisticados, acionados por sistemas eletrônicos secretos, em painéis, portas ou assoalhos.

    Em alguns casos, a droga é misturada a outros materiais para compor partes do veículo. Já foram encontradas cargas de cocaína misturada a graxa dentro de eixos ou escondida dentro de pneus, inclusive no estepe. Outra técnica é moldar a pasta base de cocaína no formato de peças automotivas, que são pintadas para parecerem componentes legítimos.

    Em veículos de grande porte, como caminhões, as possibilidades são ainda maiores. As substâncias podem ser ocultadas em meio a cargas lícitas de grãos ou frutas, ou em estruturas do próprio veículo, como tanques de combustível e longarinas do chassi. A descoberta desses esconderijos geralmente exige uma desmontagem quase completa do veículo.

  5. Oculto em obras de arte, artesanato e objetos religiosos: visando ao mercado internacional, especialmente o europeu, traficantes apostam em uma logística mais sofisticada para enviar grandes quantidades de drogas. Uma das táticas é disfarçar o entorpecente em objetos de arte, artesanato ou itens religiosos, que são despachados como carga de exportação, muitas vezes com documentação aparentemente legal.

    A cocaína pode ser misturada a gesso ou resina para esculpir estátuas ou imagens de santos. O objeto final tem a aparência e o peso de uma peça comum, sendo quase impossível de ser identificado sem que seja quebrado. Outra forma é esconder a droga em molduras de quadros ou em fundos falsos de esculturas de madeira.

    Esse método demanda um conhecimento técnico maior, tanto para criar o disfarce quanto para extrair a droga no destino sem perdas. Por ser uma rota de alto valor agregado, geralmente é utilizada por organizações criminosas mais estruturadas, que buscam minimizar os riscos de apreensão em remessas de grande volume.

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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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