TECNOLOGIA

‘Checagem é essencial para combater a desinformação’, alerta ONG

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou o fim do sistema de verificação de fatos e o lançamento do recurso ‘notas da comunidade’

Publicidade

Na última terça-feira (7/1), o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou uma grande mudança nas plataformas Facebook, Instagram e Threads. O sistema de verificação de fatos (fact-checking) realizado por terceiros está sendo oficialmente encerrado nos Estados Unidos.

Para não findar totalmente a checagem de informações, a empresa planeja implementar o modelo de “notas da comunidade”, um recurso semelhante ao que já está sendo utilizado no X (antigo Twitter).

De acordo com reportagem publicada pela CNN, o Ministério Público Federal de São Paulo oficiou a Meta para que a empresa esclareça se as mudanças serão implementadas no Brasil. O prazo para resposta é de 30 dias úteis.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (8/1) que a Corte não vai permitir que as big techs sejam utilizadas para discursos de ódio. A declaração foi dada em uma roda de conversa feita no STF como parte da agenda para memória de atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

"No Brasil, só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira. Independentemente de bravatas de dirigentes de big techs", disse.

Em entrevista para o Estado de Minas, Ana D’angelo, diretora de comunicação estratégica da ONG Redes Cordiais, explicou sobre a importância da checagem: "A checagem é essencial para combater a desinformação e fortalecer o debate público. Mark Zuckerberg diz que os checadores possuem viés político, mas isso não é verdade. Os profissionais realizam uma análise rigorosa, com método. A substituição que ele oferece de ‘política de notas da comunidade' não possui um protocolo, não possui rigor".

 

Ana d’Angelo, diretora de comunicação estratégica do Redes Cordiais.

Ana d’Angelo, diretora de comunicação estratégica do Redes Cordiais

Arquivo pessoal/Reprodução

Além disso, a eliminação de conteúdos considerados problemáticos não terá a mesma potência. Postagens voltadas para a violência contra a comunidade LGBTQIA +, mulheres e imigrantes, não serão mais removidas automaticamente, apenas os conteúdos denominados como de ‘alta gravidade’, vide o terrorismo.

"Essas comunidades são alvos de ataques nas redes sociais, e essa decisão aumenta a possibilidade desses abusos. Muitas pessoas querem ver a plataforma se transformar em um lugar inóspito e irão utilizá-la para a violência.", afirmou D’Angelo.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

Tópicos relacionados:

facebook instagram tecnologia

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay