
Babá morta em Manaus era explorada sexualmente pela patroa, diz polícia
Na noite desta quarta (28), Camila Barroso da Silva, de 33 anos, foi presa por se tornar a principal suspeita de envolvimento na morte de Geovana, que era babá do filho dela
Mais lidas
compartilhe
Siga noA Polícia Civil do Amazonas encontrou o corpo de uma jovem de 20 anos em uma área de mata do bairro Tarumã, em Manaus. O corpo foi identificado pela família no domingo (25), como sendo de Geovana Costa Martins. Ela estava desaparecida desde 19 de agosto.
Siga o nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
Na noite desta quarta (28), Camila Barroso da Silva, de 33 anos, foi presa por se tornar a principal suspeita de envolvimento na morte de Geovana, que era babá do filho dela. Em coletiva de imprensa, o delegado Ricardo Cunha informou que foi possível identificar duas pessoas com participação direta na morte da jovem. No entanto, as investigações ainda estão em andamento.
30/08/2024 - 08:19 O que se sabe sobre a morte da adolescente Giovanna Pereira 30/08/2024 - 10:47 Mãe de adolescente morta pediu para filha se afastar de suspeito 30/08/2024 - 12:27 Quem era Odilon Wagner, influenciador encontrado morto aos 24 anos
Geovana foi morta de forma bárbara e cruel, com sinais de espancamento e tortura. Ela teria ido trabalhar como babá na casa de Camila, em Petrópolis, na zona sul da capital amazonense. Lá, ela foi aliciada e atraída para uma vida de baladas e bebidas.
Camila também teria obrigado a jovem a permanecer na casa e fazer programas sexuais. "Essa vítima era praticamente forçada a fazer programas sexuais. Pelo que apuramos, a casa funcionava como uma casa de massagem. Além de Geovana, outras meninas também passavam por lá, mas a vítima morava no local e não podia se relacionar com pessoas de fora", relatou a delegada Marília Campello.
Prisão de Camila
Ao ser presa, Camila alegou que um ex-namorado de Geovana seria o autor do crime. No entanto, ele prestou depoimento e mostrou mensagens de Geovana contando que a patroa não permitia que ela se relacionasse com ele. Quando a jovem pensava em sair da casa onde era mantida, Camila alegava que ela estava devendo e precisava trabalhar para pagá-la.
A polícia também acredita que a vítima seria utilizada como "mula", ou seja, uma pessoa que transporta drogas de um local para outro no corpo ou em objetos, além de ser forçada a se prostituir fora do país. Isso porque Camila estava com passagem marcada para a Europa e a jovem também havia tirado o passaporte para ser levada para fora do país.
"É uma história lamentável. A jovem foi torturada e espancada. Ainda não podemos afirmar a motivação exata, pois a suspeita nega ter cometido o crime, mas temos indícios suficientes, e por isso ela está presa. O veículo utilizado para deixar a vítima no bairro Tarumã estava em posse de Camila e do outro procurado, Eduardo Gomes da Silva, que é filho da proprietária da casa onde Camila morava de aluguel", explicou a delegada.