No Brasil, o Dia da Mentira é comemorado desde 1828 -  (crédito: Freepik)

No Brasil, o Dia da Mentira é comemorado desde 1828

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Quem nunca contou uma mentira no dia 1° de abril? O Dia da Mentira é destinado a quem quer pregar peças e fazer as famosas pegadinhas com colegas, amigos e familiares sem culpa. A tradição começou em forma de protesto no século XVI e já conquistou até as grandes marcas da atualidade, que aproveitam para interagir com o público por meio das brincadeiras características da data.

 

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A origem do Dia da Mentira é imprecisa, mas uma das versões sobre seu surgimento é relacionada ao Calendário Gregoriano, que substituiu o Calendário Juliano em 1582, por determinação do conselho ecumênico da Igreja Católica. Com o Calendário Gregoriano veio a alteração no início do ano, cujo primeiro dia passou a ser 1º de janeiro, e não mais após a Páscoa.

 

Os resistentes às mudanças eram convidados para festas e comemorações inexistentes no 1º de abril, iniciando assim a tradição de pregar peças.

 

A origem da data é também atribuída ao festival de Hilária, uma festa romana no período anterior ao nascimento de Cristo - que celebrava o equinócio de março em honra à deusa Cibele, a “Mãe dos Deuses", uma divindade que reunia aspectos das deusas gregas Gaia, Reia e Deméter.

 

 

A primeira “Fake News” no Brasil

 

No dia 1° de abril de 1828, o noticiário impresso de Minas Gerais “A Mentira” estampou sua capa com a morte de Dom Pedro I. O monarca, na verdade, faleceu anos depois, em 24 de setembro de 1834.

 

Desde então, os brasileiros aproveitam o “passe livre” e soltam a criatividade na hora de pregar peças.

 

Mentiras que fazem parte da história

 

  • Em 1° de abril de 1980, a emissora britânica BBC afirmou que o governo do Reino Unido trocaria o mecanismo de ponteiros do Big Ben - o relógio mais famoso do mundo e símbolo nacional - por um mostrador digital. A emissora também prometeu que a primeira pessoa a ligar para a rádio ganharia os antigos ponteiros do grande relógio como lembrança; 

 

  • Em 1992, a rádio norte-americana National Public Radio (NPR) veiculou uma entrevista do comediante Rich Little em que ele se passava pelo ex-presidente Richard Nixon. O personagem afirmava categoricamente que se candidataria novamente à presidência naquele ano. O problema é que Nixon havia renunciado durante um processo de impeachment em 1974 pelo envolvimento no escândalo de Watergate, o que gerou revolta nos ouvintes;

 

  • Em 2015, a Amazon reverteu sua página principal para a versão de 1999 - época em que a internet ainda era rudimentar. Até descobrirem a brincadeira, os usuários deveriam passar pela experiência de “túnel do tempo” na navegação do site.