O delegado da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Giniton Lages é autor do livro 'Quem matou a Marielle'  
 -  (crédito:  Tomaz Silva/Agência Brasil)

O delegado da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Giniton Lages é autor do livro 'Quem matou a Marielle'

crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil

Um dos alvos de busca e apreensão em operação da Polícia Federal neste domingo (24/3), sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018, é autor do livro Quem matou a Marielle. O delegado da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Giniton Lages foi chefe do Departamento de Homicídios e esteve à frente das investigações do assassinato da vereadora.

 

 

Na descrição do livro, Giniton detalha os “bastidores” do homicídio da vereadora, trazendo a tona “diversas informações sobre o submundo do crime no Rio de Janeiro, as conexões das milícias e, principalmente, a grande dúvida de quem foi o mandante da execução”.

Giniton sucedeu o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, que assumiu a principal cadeira da polícia um dia antes da morte da morte de Marielle. Ele foi preso na operação da PF neste domingo (24/3).

 

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Giniton foi alvo de busca e apreensão na residência dele, no Rio de Janeiro. O nome do delegado consta no inquérito e está no rol de investigados do assassinato da vereadora.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, decretou o afastamento das funções públicas dos dois delegados.

 

Motivação

 

A motivação, segundo os investigadores, pode estar atrelado ao embate da ex-parlamentar com a milícia coordenada pelo clã Brazão, alvos da operação deste domingo.

Além de Rivaldo, foram presos o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ). Os três suspeitos serão interrogados ainda neste domingo (24/3), na superintendência da PF, no Rio de Janeiro.

 

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O clã Brazão coordena Jacarepaguá, zona oeste carioca, região dominada por grupos paramilitares. Domingos Frazão já chegou a ser citado na CPI das Milícias, em 2008.

A PF trabalha com outras teses, mas a expansão territorial e questões fundiárias são as informações que mais ganham força. Os investigadores conseguiram chegar nos três nomes após a homologação da delação do ex-policial militar e assassino confesso da ex-vereadora, Ronnie Lessa, além de provas coletadas pelos investigadores antes de Ronnie topar falar.