Da esquerda para a direita: Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa -  (crédito: Reprodução)

Da esquerda para a direita: Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa

crédito: Reprodução

Uma operação conjunta prendeu, neste domingo (24), Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o deputado federal pelo Rio Chiquinho Brazão, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.

 

Eles são suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018. O motorista Anderson Gomes também foi executado naquela noite, em 14 de março. Os três serão levados à Superintendência da PF, na Praça Mauá.

 

O conselheiro Domingos Brazão foi incriminado em delação premiada pelo ex-policial militar Ronnie Lessa como mandante do duplo homicídio.



O deputado federal Chiquinho Brazão foi secretário municipal de Ação Comunitária da prefeitura do Rio até fevereiro de 2024, mas pediu exoneração após as denúncias.

 

Leia também: Chiquinho Brazão nega envolvimento com a morte de Marielle Franco 

 

Os irmãos têm histórico de suspeitas e acusações de corrupção, fraude, improbidade administrativa, compra de votos e até homicídio, mas nenhuma sentença sobre essas acusações.

 

 

Domingos teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) por compra de votos por meio de uma ONG, mas se manteve por liminar. Seu nome também foi citado e segue sendo implicado na máfia dos combustíveis de 2004.

 

Rivaldo Barbosa é ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro. A reportagem do Correio Braziliense apurou que Lessa disse aos policiais que ele foi quem planejou detalhadamente a morte da vereadora e garantiu que nenhum dos executores seriam pegos pelo crime. Rivaldo era chefe do Departamento de Homicídios e assumiu a chefia da corporação em 13 de março, um dia antes da morte da vereadora. Ele foi nomeado pelo então interventor federal do Rio, general Braga Netto.


Outros presos 

 

Ao longo dos seis anos de investigação, quatro pessoas suspeitas de envolvimento com o crime foram presas. Edilson Barbosa dos Santos, o Orelha, foi o último deles. Ele é apontado como o responsável por desmanchar o carro utilizado durante o assassinato em 14 de março de 2019.

Ronnie Lessa, Élcio de Queiroz e Maxwell Simões Corrêa, o Suel, também foram presos.

O ex-policial militar teve sua delação premiada Ronnie Lessa homologada no último dia 19. A colaboração de Lessa foi oficializada após audiência do investigado com um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal. (Com informações de Cyro Neves, da Tupi FM)