A ativista climática Greta Thunberg foi proibida de acessar o centro histórico de Veneza, na Itália, por um período de 48 horas, segundo o grupo ambientalista Extinction Rebellion (Rebelião da Extinção, em português).

O motivo da proibição foi causado pelo protesto realizado pela ativista em conjunto com outros 36 manifestantes no último sábado (22/11). A iniciativa denunciava o “ecocídio” e protestava pelo seu fim, poucas horas antes do fim da COP30, a maior Conferência sobre Mudança Climática no mundo, que foi sediada no Brasil neste ano.

De acordo com a mídia local, durante o discurso de Greta, o grupo jogou tinta verde atóxica no Canal Grande da cidade turística. O ato não poluiu o canal.

Além da proibição de 48 horas, as pessoas também foram multadas em 150 euros (aproximadamente 930 reais) para cada um. A interdição foi finalizada nesta segunda-feira (24/11), mas o Ministério Público de Veneza ainda está investigando o caso.

Qual é a nova pauta dos protestos?

A estratégia dos movimentos climáticos evoluiu. A pauta não é mais apenas um apelo genérico por “ação climática”, mas sim um conjunto de ações direcionadas. Os ativistas cobram o cancelamento de novos projetos de exploração de petróleo e gás e a responsabilização legal de empresas poluidoras por danos ambientais.

O protesto realizado dia 22 de novembro foi justificado pelo grupo. O Extinction Rebellion argumentou que a ação foi planejada para "chamar a atenção para os efeitos massivos do colapso climático".

A escolha da data também foi planejada, pois se tratava do fim da COP30. Uma ativista integrante do grupo, que não teve seu nome revelado, fez uma declaração sobre os protestos:

“O encontro mundial mais importante para definir acordos políticos internacionais visando combater o colapso climático e social está chegando ao fim, e mais uma vez este ano, a Itália esteve entre os países que bloquearam as propostas mais ambiciosas”.

As manifestações, portanto, evoluíram de marchas simbólicas para atos que interferem diretamente na rotina das cidades e na operação da indústria de combustíveis fósseis. O objetivo é criar um custo econômico e social, forçando os governos a partirem para medidas concretas.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Apesar das proibições e dos processos judiciais, Thunberg e outros líderes do movimento já afirmaram que os protestos continuarão. Para eles, o risco de uma catástrofe climática supera em muito as consequências legais de suas ações.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

compartilhe