A influenciadora de moda Marian Izaguirre, de 23 anos, morreu no último dia 12 de setembro, poucos dias depois de ser dada como desaparecida pela família. Os familiares deram queixa do desaparecimento no dia 1º de setembro. Ela foi encontrada cinco dias depois, em 6 de setembro, em estado crítico em um quarto de hotel na cidade de Morelia, na região central do México.

A última publicação nas redes sociais foi feita um dia antes do desaparecimento, no Instagram. Marian postou um vídeo enigmático usando maquiagem de palhaço, chorando e dublando uma música sobre um amor perdido. “Todas as promessas do meu amor irão com você. Por que você está indo embora?”, diz o trecho. 

Segundo informações do Ministério Público, Izaguirre apresentava complicações de saúde e foi atendida por paramédicos antes de ser levada ao hospital. Dias depois, os médicos declararam morte cerebral. A causa exata da morte ainda não foi esclarecida.

A influenciadora acumulava 4,5 milhões de seguidores no TikTok e mais de 327 mil no Instagram, conquistando fãs com seu conteúdo de moda e estilo de vida. A morte repentina de Izaguirre gerou uma onda de homenagens de fãs e colegas influenciadores. 

“Voe alto florzinha, sempre em nossos corações”, escreveu um perfil. “Obviamente esse vídeo foi um alerta!! Que caminho silencioso!”, lamentou outro.

O YouTube e a Meta reforçam que explorar ou monetizar a imagem de animais silvestres de forma irregular é ilegal e viola políticas das plataformas. Apesar disso, muitos vídeos ainda escapam da moderação. Reprodução/Instagram
O Ibama afirma que os animais apreendidos são encaminhados a centros de reabilitação para, quando possível, serem reintroduzidos na natureza. Divulgação/Ipaam
Embora os vídeos com animais pareçam inofensivos ou até adoráveis, especialistas argumentam que podem haver danos ocultos, como más condições nutricionais, estresse e comprometimento do sistema imunológico. Divulgação/Polícia Federal
Muitos desses conteúdos eram monetizados, gerando lucros médios de US$ 10 mil por vídeo (em torno de R$ 56 mil). Reprodução/Instagram
Um estudo científico publicado na revista Biological Conservation em 2023 analisou 400 vídeos de animais silvestres no YouTube de 39 países que, juntos, somavam 1 bilhão de visualizações. Reprodução/Instagram
Segundo especialistas, essa exposição de animais nas redes sociais alimenta o tráfico e a exploração da fauna silvestre, muitas vezes mascarada como "carinho" ou "resgate". Reprodução/Instagram
Alguns servidores chegaram a ser ameaçados de agressão física, o que levou o órgão a pedir para que o caso fosse investigado pela Polícia Federal. Montagem/Divulgação Ibama
"Vivia livre na fazenda, sumia nas matas e voltava quando queria. Agora ela está definhando em uma jaula no Ibama. Quem é que está causando maus tratos?", criticou uma seguidora. Montagem/Divulgação/Ibama
O Ibama alegou que o animal apresentava deficiências nutricionais, parasitas e lesões, apesar de ser exibido como "feliz" nas redes. O caso acabou gerando forte reação popular contra o órgão. Montagem/Reprodução/Instagram
Outro exemplo recente foi o da jaguatirica Pituca, apreendida da influenciadora Luciene Cândido (Luh da Roça), que tem quase 500 mil seguidores no Facebook. Reprodução/Redes Sociais
Descobriu-se que os documentos dos animais eram falsos, e o caso levou a uma operação contra o tráfico de animais no Rio de Janeiro. Divulgação/ Vinny Nunes
Um exemplo foi o caso da modelo Nicole Bahls, que teve dois macacos-pregos apreendidos após postá-los em suas redes. Montagem/Reprodução/Instagram
Paralelamente, o Ibama vem enfrentando uma onda de críticas e ameaças nas redes sociais, especialmente em casos similares de apreensão de animais silvestres usados como pets por influenciadores. Montagem/Reprodução/Redes Sociais
Ele abandonou a faculdade de agronomia, mudou-se para um sítio no Amazonas e passou a viver exclusivamente da internet, fechando contratos com empresas e até um site de apostas. Reprodução/Instagram
Dois anos depois, seu número de seguidores no Instagram e TikTok mais do que dobrou, ultrapassando 3,5 milhões combinados. Reprodução/Instagram
Na Câmara dos Deputados, seu caso inspirou um projeto de lei (com seu nome) que busca descriminalizar a posse de animais silvestres não ameaçados de extinção. Reprodução/Instagram
O caso transformou Tupinambá em uma espécie de celebridade. Ele participou de programas de TV e ganhou até reportagem na revista Caras falando sobre sua vida amorosa. - Reprodução Instagram
Na ocasião, o órgão alegou que Tupinambá havia adquirido seguidores explorando a fauna silvestre sem a devida licença ambiental. Reprodução/Instagram
Ele ganhou fama nacional em 2023, após o Ibama apreender o animal. Reprodução/Instagram
Um dos casos mais emblemáticos no Brasil é o do amazonense Agenor Tupinambá, que conquistou milhões de seguidores ao compartilhar o dia a dia ao lado de sua capivara de estimação, Filó. Reprodução/Instagram
Influenciadores digitais que ficaram conhecidos nas redes sociais por exibirem seus animais silvestres têm gerado debates acalorados em torno do tema. hartono subagio/Pixabay

A família de Marian decidiu doar seus órgãos, incluindo pele, córneas, rins e músculo esquelético, para ajudar outras pessoas, transformando a tragédia em um gesto de solidariedade.

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Outras tragédias de influenciadores

  • A influenciadora de viagens Vanessa Konopka morreu em março de 2025 aos 28 anos após uma batalha contra danos hepáticos graves e pneumonia. Ela havia sido hospitalizada nas Filipinas em dezembro de 2024 e passou os últimos meses de sua vida incapaz de falar, comer ou andar. Antes de sua morte, Vanessa fez postagens nas redes sociais atualizando seus seguidores sobre sua condição;
  • Tanner, um influenciador de 30 anos, anunciou sua própria morte em um vídeo comovente postado nas redes sociais. O vídeo, compartilhado após seu falecimento, revelou seu desejo final e gerou grande comoção entre seus seguidores;
  • A criadora de conteúdo adulto americana Natalia Rae morreu de forma inesperada enquanto passava férias na Costa Rica, no início de setembro. A informação foi confirmada por sua irmã, em uma publicação na rede social X, mas a causa da morte não foi divulgada. 
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