LGBT

Recrutas LGBT viralizam ao mostrar a rotina no exército

Vídeos que viralizaram no TikTok mostram militares usando maquiagem, desfilando e deixando claro sua orientação sexual

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Se no Brasil, ser LGBT no Exército ainda é motivo de tabu, na Tailândia parece ser um assunto comum. O assunto veio à tona após viralizarem vídeos de militares tailandeses compartilhando sua rotina na corporação, mas também se maquiando, desfilando e se declarando LGBT.

Thanyaporn Sakulnee é um desses recrutas. Ele entrou para o exército em 2017. À Folha de São Paulo, o jovem contou que seu conteúdo não interfere na forma como ele é visto na corporação. "Ser um homem assumidamente gay não tem um efeito negativo em nosso Exército. Homens gays podem ser até mais habilidosos que os demais, não acha?", afirmou.

Sakulnee defende que pessoas de todos os gêneros e orientações sexuais sirvam o exército, desde que tenham as qualificações necessárias. Mas nem tudo são flores: mesmo com a aceitação da sociedade com os soldados LGBT, muitos alegam passar por abusos e discriminações.

No país, todos os homens com menos de 21 anos têm de se alistar no exército. Em 2024, segundo o exército tailandês, 38.160 jovens se registraram online e fizeram a sua inscrição para o dia de recrutamento – cerca de 2.500 voluntários a mais do que no ano anterior. Alguns são escolhidos para servir de fato, enquanto os outros são dispensados.

No começo do século XXI, pessoas LGBTs não eram aceitas no Exército. Até 2012, recrutas travestis e transexuais não só eram lidas como homens, como usavam uma placa que as rotulava como doentes mentais. Grupos de defesa dos direitos dos homossexuais na Tailândia opuseram-se à prática, considerando-a discriminatória. Foi só em 2010 que o tratamento foi proibido. O Exército então adotou uma terceira categoria que não se refere a eles nem como homem nem como mulher.

Mais recentemente, mulheres transexuais passaram a ser dispensadas do recrutamento, uma vez que os militares as consideram como tendo “distúrbio de identidade de gênero” – mas a isenção só se aplica se conseguirem “provar” o seu gênero. Mesmo assim, algumas podem ser “sorteadas” para participar do recrutamento.

Essas selecionadas aproveitam a participação no Exército para mostrarem toda sua beleza em desfiles. "A sociedade tailandesa está aberta a aceitar a diversidade sexual. É algo adequado de acordo com os princípios da convivência, com o respeito pelos direitos humanos básicos", contou a pessoa por trás do perfil @joepause101. para a Folha de São Paulo. No entanto, ele não quis dizer seu nome ou idade.

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