A navegação da Lagoa da Pampulha com o Capivarã, nome recebido pela embarcação do tipo catamarã, está em uma fase de teste de passeios gratuitos que terá a duração de três meses. Depois deste período, será cobrada uma taxa de ingresso e o valor arrecadado será usada para a manutenção do projeto.

O primeiro passeio do barco foi realizado na manhã deste sábado (27/12) com representantes da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), incluindo o  prefeito da capital Álvaro Damião, e profissionais de imprensa.

De acordo com Damião, a fase de teste é feita conforme orientação das autoridade. "A gente está fazendo tudo com tranquilidade e segurança. Nesta fase de teste, vamos fazer com que as pessoas possam curtir gratuitamente, inclusive com as crianças das escolas municipais", afirmou o prefeito.

Ainda segundo o prefeito, a pretensão da PBH é renovar o contrato com uma nova licitação ou adotar uma embarcação própria. A partir daí, os passeios serão oferecidos ao público a partir do pagamento de uma taxa, necessária para o custeamento do projeto. No entanto, o valor da taxa e o esperado de retorno financeiro a partir do turismo na Lagoa da Pampulha ainda não foi divulgado.

"A Prefeitura fez um investimento no patrimônio cultural. Vamos ter tempo para aprender com a Pampulha e vamos explorar o nosso ponto turístico, mas primeiro temos que fazer dele um ponto turístico", afirmou Damião.

Questionado sobre o mau cheiro da lagoa, grande questionamento e descontentamento de frequentadores da região, o prefeito afirmou que o desafio está sendo contornado. “Esgoto despejado na parte de cima da lagoa é diferente da Lagoa da Pampulha. Não tem cheiro aqui. Obviamente, onde chega carga de esgoto cheira mal. Mas quando você vai à praia e vê esgoto, não significa que ela não é navegável. É essa visão que queremos. Temos uma lagoa linda”, disse.

Turismo histórico

Com capacidade para 30 pessoas, incluindo guia de turismo e navegação, o barco faz um passeio de duração de 1 hora pelo Conjunto Moderno da Pampulha, reconhecido como Patrimônio Mundial da Unesco, e passa por pontos como a Casa do Baile, Iate Clube, antigo cassino que é Museu de Arte da Pampulha, Casa JK e Igrejinha da Pampulha.

Para a guia de turismo, historiadora e funcionária da Belotur que guiou o primeiro passeio, Neuma Horta,  o momento é histórico. “Isso é um legado, agora estamos fazendo história. Essa lagoa mora no coração dos belo-horizontinos e já é um sucesso. Vamos ver Belo Horizonte com novos olhares e esperamos que todo belo-horizontino tenha essa oportunidade”, afirmou no início da volta.

Ao Estado de Minas, ela afirmou que o passeio é uma oportunidade de ver o Conjunto Arquitetônico da Pampulha sob um outro ponto de vista. "Agora, podemos vê-lo por outro ângulo, de dentro da lagoa. A lagoa é um grande orgulho e é um Patrimônio Mundial da Unesco, reconhecida pelo mundo inteiro. Vale muito a pena", disse.

Estão programados mais três passeios no domingo (28), nos horários de 10h, 13h e 15h. Todos os 78 ingressos para esse passeio já estão esgotados. As próximas viagens estão programadas para a próxima sexta (2/1), sábado (3/2) e domingo (4/2). 

De acordo com a PBH, na semana seguinte os passeios irão acontecer sempre de quinta-feira a domingo, nos horários de 10h, 13h e 15h, com a retirada de ingressos pela internet a partir das 12h da terça-feira anterior. A partir de fevereiro, os três passeios da quinta-feira serão reservados para alunos da rede pública municipal.

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Poderão ser retirados até quatro ingressos por CPF e a recomendação é que os passageiros cheguem com 15 minutos de antecedência ao local de embarque, que é feito no CAT Veveco, na Avenida Otacílio Negrão de Lima, na altura do número 855.

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