BH: embarcação da Lagoa da Pampulha ganha nome; saiba qual
O catamarã é semelhante aos utilizados em regiões litorâneas e vai permitir a contemplação dos principais monumentos do Conjunto Moderno da Pampulha
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O catamarã que vai navegar na Lagoa da Pampulha, um dos cartões-postais de Belo Horizonte, foi nomeado Capivarã, em homenagem às capivaras do entorno da orla. A decisão foi tomada por uma comissão interna, a partir de sugestões apresentadas pela Belotur, Comunicação da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e participação popular via internet. O nome foi divulgado pelo Executivo municipal nessa segunda-feira (22/12).
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Entre as opções, além de Capivarã, foram sugeridos: Amarelim, Oscar, CapiBarco e Belorizontina.
O Capivarã é a embarcação que será utilizada na retomada da navegação turística na Lagoa da Pampulha, autorizada oficialmente no dia 13 de dezembro com assinatura do termo de cooperação técnica entre o Executivo municipal e a Marinha do Brasil. O espelho d’água estava interditado para esse tipo de atividade desde 1968.
O catamarã tem capacidade para 30 passageiros sentados. O modelo é semelhante aos utilizados em regiões litorâneas e vai permitir a contemplação dos principais monumentos do Conjunto Moderno da Pampulha, reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
Quando os passeios vão começar?
No dia 13 de dezembro, quando a retomada da navegação foi autorizada oficialmente, o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) informou que o barco estava pronto para operar, mas que faltavam ajustes finais de caráter operacional e administrativo. A previsão era que as atividades começassem nesta semana.
O Estado de Minas entrou em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte para saber se a data de início dos passeios foi definida e aguarda retorno.
A operação terá caráter experimental. O projeto piloto terá duração inicial de três meses e funcionará de quinta-feira a domingo, com três saídas diárias entre 8h e 17h. Cada passeio terá duração aproximada de uma hora, considerando embarque, navegação e desembarque. Os ingressos serão gratuitos e disponibilizados por meio de um site próprio da Prefeitura, que será divulgado antes do início das atividades.
O trajeto foi definido com apoio técnico da Marinha do Brasil e contempla um circuito que permite a visualização dos principais equipamentos culturais e arquitetônicos da Pampulha, como a Igreja de São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile e o entorno paisagístico da Lagoa.
Durante o percurso, os passageiros serão acompanhados por um guia turístico, responsável por apresentar informações históricas, culturais, arquitetônicas e ambientais sobre o conjunto e sua importância para a cidade.
Retomada da navegação
O projeto de retomada da navegação foi anunciado pela Prefeitura em maio deste ano, durante as celebrações dos 82 anos do Conjunto Moderno da Pampulha. Para viabilizar a iniciativa, o município realizou uma licitação vencida pelo Instituto Brasileiro de Gestão e Pesquisa (IBGP), responsável por fornecer a embarcação e a tripulação que conduzirá os passeios.
À imprensa, Damião destacou a retomada da navegabilidade como uma mudança de paradigma na relação da cidade com a Lagoa da Pampulha e reforçou a necessidade de rever a narrativa construída ao longo das últimas décadas sobre o espelho d’água, historicamente associada à poluição, motivo pelo qual a navegação foi proibida no ano de 1968.
“Até ontem, a Lagoa da Pampulha era sempre chamada de esgoto a céu aberto. Isso não existe dessa forma. Existe uma parte que ainda recebe esgoto, sim, mas existe outra parte, essa onde estamos, que pode receber embarcações, como já está recebendo a Marinha e vai receber os passeios turísticos. É essa visão que queremos construir”, declarou.
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A navegação e a realização de eventos náuticos na Pampulha estão asseguradas em razão da recuperação da qualidade da água, processo iniciado em 2016. Atualmente, a Lagoa da Pampulha registra trechos com índice de qualidade da água classificado entre bom e ótimo, de acordo com dados de monitoramento da Prefeitura de Belo Horizonte divulgados em setembro.