O educador físico Diego Pereira Almeida, de 37 anos, e o irmão dele, Jonatan Michael Pereira, de 32, tornaram-se réus pelo assassinato do corretor de imóveis Mailson Queiroz de Souza, de 48, em Uberlândia (MG), no Triângulo Mineiro.
Idealizado por Diego, o crime ocorreu na noite de 20 de outubro, em retaliação às ameaças de Mailson, que havia descoberto um relacionamento extraconjugal de sua esposa com o personal trainer. Além de corretor, Mailson era professor e lecionava história desde 2019 na Escola Estadual Rotary, no Bairro Tibery.
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“Eis que, após a descoberta, Mailson passou a ameaçar Diego, inclusive comparecendo ao seu local de trabalho e enviando mensagens de cunho intimidatório”, narra trecho da denúncia assinada pelo Ministério Público em 2 de dezembro. No mesmo dia, a denúncia foi acatada pelo juiz Dimas Borges de Paula, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia.
Decidido a matar Mailson, Diego passou a tarefa para Jonatan, seu irmão, que resolveu contratar Bruno César Gomes, de 31 anos, para executar o crime.
O carro da vítima foi seguido pela dupla em uma moto. Jonatan se aproximou do automóvel e Bruno, na garupa, disparou contra Mailson, que foi atingido várias vezes na região do peito.
Após a execução, a dupla fugiu, abandonando a motocicleta na Rua Petrópolis, no Bairro Custódio Pereira. Em seguida, os dois embarcaram em um carro de aplicativo acionado por Diego.
A denúncia do MPMG não menciona se a esposa da vítima era aluna de Diego — e daí surgiu o relacionamento extraconjugal — ou se eles se conheceram em outra circunstância.
Os três envolvidos no crime respondem por homicídio qualificado, tipificado no artigo 121 do Código Penal. Em caso de condenação, a pena pode variar de 12 a 30 anos de reclusão.
Prisões no dia seguinte ao crime
Os irmãos foram presos no dia seguinte ao crime e estão custodiados no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia. Em nota, a defesa deles disse que “aguarda a conclusão e a juntada integral das diligências investigatórias em curso, especialmente as quebras de sigilo telefônico e financeiro, regularmente autorizadas”.
“Tratam-se de providências essenciais à completa compreensão do contexto fático e à correta análise dos elementos de prova, razão pela qual não é juridicamente responsável nem tecnicamente adequado antecipar teses defensivas antes do acesso pleno e irrestrito a todo o conteúdo produzido na investigação. A defesa reitera sua confiança nas instituições, no regular andamento das investigações e no devido processo legal, e esclarece que se manifestará oportunamente”, narra a nota à imprensa assinada pelos advogados Adriano Parreira de Carvalho, Marcelo Sousa Silva Brito e Christian Novais Rufino.
O executor dos disparos, Bruno César Gomes, está foragido. A defesa dele está a cargo da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), que não comenta sobre processos criminais envolvendo seus assistidos.
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