Vídeo: chuvas fazem espetáculo de cachoeira 'reaparecer' no Norte de Minas
Com cerca de 200 metros de altura, Cachoeira do Bananal tem volume aumentado depois da chegada da temporada chuvosa em Botumimim
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As chuvas intensas retornaram ao Norte de Minas neste início de dezembro, após seis meses de seca, o que motivou a decretação de situação de emergência nos 96 municípios da região. As precipitações mudam as paisagens e fazem “ressurgir’ atrativos naturais.
Um dos espetáculos que se tornaram mais visíveis na temporada chuvosa é a Cachoeira do Bananal, no município de Botumirim, dentro do Parque Estadual de Botumirim, na área da Cordilheira do Espinhaço.
Com as chuvas dos últimos dias, o volume da cachoeira aumentou consideravelmente, com a queda d'água podendo ser vista (e admirada) a quilômetros de distância.
Conforme o ambientalista Eduardo Gomes, diretor do Instituto Grande Sertão (IGS), a Cachoeira do Bananal tem aproximadamente 200 metros de altura, estando entre as quedas d'água mais elevadas de Minas Gerais. Ele lembra que a cachoeira de Botumirim fica localizada no Rio Bananal, que é perene – ou seja, corre o ano inteiro.
“Mas, somente no período chuvoso, como agora, devido ao aumento do volume de água que o espetáculo da cachoeira do Bananal pode ser visto de longe. No restante do ano, ela praticamente não aparece, embora o Rio Bananal continue correndo”, explica o ambientalista.
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Eduardo Gomes disse que o Rio Bananal nasce em um ponto da Cordilheira do Espinhaço em Botumirim, a 1.400 metros de altitude. Ele informa que o acesso a cachoeira pode ser feito por trilhas, tanto pela parte superior como por baixo – no terreno onde ocorre a queda d'água.
Porém, é recomendado que os visitantes sempre procurem a orientação de um guia da Secretaria Municipal de Turismo de Botumirim.
Cuidado com o fenômeno 'cabeça d'água'
No período chuvoso, o volume das cachoeiras aumenta, e, sobretudo, no período de férias, cresce a procura pelos passeios junto às quedas d'água, com pessoas, inclusive, acampando nesses locais.
No entanto, nesta época, as pessoas devem tomar cuidado ao visitar as cachoeiras, devido aos riscos do fenômeno “cabeça d'água”, provocado pelas chuvas fortes.
O alerta é do tenente Kollek Pereira da Silva, do 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar (7º BBM) de Montes Claros. “O fenômeno da cabeça d'água consiste em um grande volume de água na calha do rio ocasionado pela grande quantidade de chuvas na cabeceira do rio, acima da cachoeira”, explica o militar.
“Com a chuva, uma grande quantidade de água cai na calha do rio, levando também um grande volume de folhas e galhos. Esse volume de água com uma cor mais amarelada surpreende as pessoas que estão tomando banho abaixo, a jusante da cachoeira, elevando o nível do rio”, descreve o tenente Kollek
Ele explica ainda que, na ocorrência do fenômeno “cabeça d'água”, o volume do rio e a força da correnteza abaixo da cachoeira aumentam rapidamente, deixando pessoas ilhadas ou arrastando as vítimas. Por isso, a recomendação é que os turistas sempre se informem sobre as previsões de chuvas antes de deslocarem para terrenos abaixo das cachoeiras.
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‘Diante de qualquer sinal do aumento do volume ou da chegada de água suja e com impurezas, as pessoas que estiverem abaixo de uma cachoeira devem deixar o local imediatamente e procurar lugares mais elevados e seguros, evitando os riscos de acidentes provocados pela cabeça d'água”, recomenda o tenente do Corpo de Bombeiros.