INCERTEZAS

O que será dos carroceiros de BH com o fim da tração animal em 2026

A lei que proíbe a circulação de carroças entra em vigor em breve; entenda quais são as alternativas propostas e a situação das famílias que dependem da atividade

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A contagem regressiva para o fim da circulação de veículos de tração animal em Belo Horizonte já começou, e a menos de dois meses do prazo final, em 22 de janeiro de 2026, a incerteza domina o dia a dia de centenas de famílias. A lei municipal que proíbe a atividade, sancionada em 2021 e com prazo posteriormente reduzido em 2023, se aproxima de sua implementação completa, mas os carroceiros que dependem do trabalho para o sustento afirmam se sentir desamparados e sem alternativas concretas.

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A medida foi criada com o objetivo de combater os maus-tratos aos animais e modernizar os serviços de coleta de recicláveis e pequenos fretes na capital mineira. No entanto, a transição para um novo modelo de trabalho ainda é um desafio. Para muitas dessas pessoas, a atividade não é apenas uma fonte de renda, mas uma tradição passada entre gerações.

 

O principal ponto de tensão é a falta de clareza sobre como os trabalhadores serão integrados a outras atividades econômicas. A preocupação é que, sem um plano de transição eficaz, muitas famílias fiquem sem fonte de renda da noite para o dia. A relação com os animais, muitas vezes tratados como parte da família, também é um fator emocional importante na discussão.

O presidente da Associação dos Carroceiros e Carrocerias de Belo Horizonte e Região Metropolitana, Sebastião Alves Lima, trabalha desde os 10 anos como carroceiro."É um trabalho de geração em geração, é bem milenar e tradicional”, contou. “Essa causa é uma discriminação com a comunidade. É uma coisa terrível para nós. Os carroceiros e carrocerias sempre existiram, e sempre existirão. As pessoas estão se apegando a uma falácia de maus-tratos. Tudo que tenho e conquistei veio da carroça”, lamenta. 

Quais são as alternativas para os carroceiros?

Para assegurar que os carroceiros não sejam prejudicados, foi criado o programa Carreto do Bem, que reúne uma série de medidas de apoio. Entre elas, está a substituição da carroça e do cavalo por um veículo motorizado, garantindo que esses trabalhadores possam continuar atuando de forma digna e regularizada.

A legislação também prevê cursos de qualificação profissional para facilitar a migração para novas atividades e capacitações específicas para que os carroceiros possam atuar como agentes ambientais, especialmente em programas de coleta seletiva utilizando triciclos elétricos e outros veículos adequados.

Além disso, a lei oferece acesso a linhas de microcrédito, permitindo que os beneficiados invistam em pequenos negócios ou adquiram novos equipamentos de trabalho. Há ainda a possibilidade de inserção em oportunidades de emprego e, quando aplicável, acesso ao Benefício de Prestação Continuada para idosos.

No que diz respeito aos animais, todos os cavalos serão acolhidos, receberão cuidados veterinários e serão encaminhados para adoção responsável, garantindo bem-estar e proteção durante toda a transição,os próximos meses serão decisivos para definir se a transição será um processo inclusivo, que ofereça dignidade aos trabalhadores, ou se resultará em um vácuo social para centenas de famílias belo-horizontinas.

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A PBH comunicou que está promovendo uma série de ações como, o cadastramento contínuo de carroceiros, a microchipagem, vacinação e vermifugação dos cavalos, a promoção de blitz educativas e palestras sobre legislação, trânsito, bem-estar animal e manejo adequado de resíduos.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

*Estagiária sob supervisão do editor João Renato Faria

*Com informações de Ana Luiza Soares 

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