Vídeo: atletas correm atrás de carro funerário durante cortejo fúnebre
Situação inusitada aconteceu em Montes Claros, no Norte de Minas, com homenagem a adepto da corrida de rua por seus colegas; veja vídeo
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Atletas correndo atrás de um veículo funerário. Essa foi a cena vista nas ruas de um bairro de Montes Claros, no Norte de Minas, nesta semana. O fato inusitado, gravado em vídeo, é resultado de uma homenagem ao atleta e motorista Fábio Andrade Santos, de 46 anos, conhecido como Fabinho.
Fábio, que era adepto da corrida de rua, morreu na noite dessa quarta-feira (19/11), vitima de um infarto fulminante. Ele pertencia ao grupo de corrida Elite Moc. Os demais integrantes do grupo resolveram fazer uma homenagem ao colega, correndo atrás do carro funerário durante o cortejo fúnebre, visando ao enterro de Fábio, no Cemitério Parque dos Montes, na tarde dessa quinta (20/11).
Cerca de 60 corredores de rua participaram da homenagem inusitada ao motorista. Eles percorreram cerca de três quilômetros, entre um salão paroquial do Bairro Independência, onde o corpo foi velado, e o Cemitério Parque dos Montes.
“Foi um momento muito emocionante. A forma que os corredores encontraram de honrar a vida e a trajetória do Fabinho, que encontrou na corrida a superação. Ele deixa uma mensagem de resiliência para todos que começam na prática do atletismo”, afirmou uma das atletas participantes da corrida diferenciada. Foi responsável por incentivar vários corredores a não desistirem dos percursos”, completou a fonte.
A atleta lembra que a “corrida” durante o enterro do morador teve um aspecto diferente das provas de atletismo amadoras que costumam ser realizadas na cidade-polo do Norte de Minas. “Foi muito difícil correr e fazer o percurso. Geralmente, a gente corre carregando a emoção de cruzar a linha de chegada. Dessa vez, a gente correu com o coração, um nó na garganta”, descreveu.
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O líder do grupo de corrida Elite Moc, o design gráfico Guilherme Nascimento, que também é treinador da prática esportiva, afirmou que a homenagem ao atleta Fabinho durante o cortejo do seu sepultamento foi uma iniciativa dos próprios corredores de rua. "Foi uma coisa de corredor para corredor”, disse.
Ele lembra que Fabinho tinha sofrido outro infarto há cerca de dez anos. “Ele encontrou na corrida de rua uma forma de mudar de hábitos e prolongar sua vida”, ressalta Guilherme.
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Campanha solidária
Os colegas corredores de rua do grupo Elite Moc também fizeram uma campanha solidária entre eles para arrecadar recursos para o custeio das despesas do funeral de Fabinho. Eles organizaram a ação ao perceber que a família do motorista e atleta estava desprevenida de recursos financeiros para cobrir os gastos com o sepultamento do motorista e amante da corrida de rua.