Sete novos possíveis casos de sarampo em crianças de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, estão sendo investigados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde da cidade, de acordo com a pasta estadual. Os registros foram recebidos entre segunda (27/10) e terça-feira (28/10). No total, o município tem nove notificações para sarampo, todas envolvendo crianças, em investigação.
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A SES-MG informa que, a partir dos dois possíveis casos registrados em 13 de outubro deste ano, foi reforçado às unidades e aos profissionais de saúde de Uberlândia a importância da notificação e investigação quando o paciente apresenta sintomas compatíveis com a doença. Desde essa sensibilização, sete novos possíveis casos foram registrados.
A pasta da saúde estadual afirma que as sete crianças que podem estar com sarampo se encontram clinicamente bem e em monitoramento. Os casos permanecem em investigação, não tendo sido identificado, até o momento, vínculo epidemiológico entre eles.
De acordo com a SES-MG, o sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida por meio da tosse, espirro, fala ou respiração. Os principais sintomas incluem febre, manchas vermelhas na pele que se iniciam na cabeça e se espalham pelo corpo, tosse seca, coriza e conjuntivite.
Primeiras notificações
Os dois primeiros possíveis casos de sarampo em Uberlândia referem-se a crianças de 1 ano de idade, de acordo com a SES-MG. A pasta informa que elas apresentaram febre, exantema e sintomas respiratórios leves, sem registro vacinal para a tríplice viral. Com relação a sete novas investigações, a Secretaria Estadual de Saúde não informou a respeito sintomas e histórico de vacinas.
Ainda sobre as duas primeiras notificações, a pasta afirma que os exames iniciais não permitiram descartar ou confirmar os casos de sarampo, sendo necessária a coleta de novas amostras para a continuidade da investigação diagnóstica”. “As crianças encontram-se em bom estado geral, em recuperação domiciliar, sob acompanhamento da equipe de Atenção Primária e da Vigilância Epidemiológica Municipal”, informa a SES-MG.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia informa que, até o momento, somente os dois primeiros casos registrados tiveram exame prévio realizado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), vinculada à SES-MG. “Neste sentido, o município não tem conhecimento de qualquer outro exame emitido que aponte novos casos na cidade”, destaca a secretaria.
Vacinação
A SES-MG enfatiza que a prevenção ao sarampo depende principalmente da vacinação, que se caracteriza como “segura, eficaz e oferecida gratuitamente pelo SUS”. A vacina tríplice viral deve ser administrada conforme o calendário vacinal, com doses específicas para crianças, adolescentes e adultos.
A Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia informa que continua, desde a semana passada, “intensificando as ações de bloqueio vacinal e a busca ativa para a imunização de, aproximadamente, 3,6 mil crianças menores de quatro anos que estejam com a tríplice viral em atraso.”
De acordo com a pasta municipal, atualmente, a taxa de cobertura da vacina tríplice viral em Uberlândia, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é de 89,41% para a 1ª dose e 82,26% para a 2ª. “A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%, e, portanto, o município, além das ações, convoca os pais a levarem seus filhos para vacinar nos mais de 70 pontos de vacinação espalhados pela cidade”, afirmou.
Isolamento
Em casos suspeitos, a SES-MG afirma que é essencial manter o isolamento, adotar medidas de higiene respiratória, como cobrir a boca ao tossir e higienizar as mãos, e garantir a notificação imediata de casos à Vigilância Epidemiológica.
Sobre os casos de Uberlândia, a pasta estadual de saúde diz que, desde as notificações iniciais, todas as medidas de saúde pública recomendadas foram desencadeadas, dentre elas:
• Investigação epidemiológica e coleta de amostras para diagnóstico laboratorial;
• Monitoramento e acompanhamento dos contatos próximos;
• Bloqueio vacinal seletivo nas áreas envolvidas;
• Busca ativa de novos casos e intensificação da vacinação no município;
• Orientação às unidades de saúde para notificação imediata e verificação do esquema vacinal.
