Um falso comprador de imóveis, de 49 anos de idade, que já fez dezenas de vítimas na região centro-sul de Belo Horizonte (MG), foi preso pela Polícia Civil. Ele se aproveitava da permissão para ver os imóveis e cometia roubos, principalmente de jóias. A prisão ocorreu dentro da Operação Máscara, que investiga uma série de crimes semelhantes.
O trabalho foi feito pela 1ª Delegacia de Polícia Civil Sul e começou em junho deste ano, quando foi registrado o primeiro furto desse tipo, no Bairro São Bento.
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A vítima contou que o homem, acompanhado de uma corretora de imobiliária, esteve na casa como interessado em comprar o imóvel, e teria aproveitado o acesso aos cômodos para subtrair dinheiro e jóias.
A delegada Bianca Santos Sé Prado Wanderley conta que, durante a visita, o suposto cliente informou que os reais compradores eram os pais dele e perguntou se poderia fazer um vídeo para mostrar a eles. “Foi autorizado. Então, enquanto a corretora e a dona da casa estavam no andar de baixo, ele foi para o de cima e circulou. A faxineira estava em um dos quartos, e ele chegou a pedir que ela saísse para não atrapalhar a filmagem.”
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Depois que o homem e a corretora deixaram a residência, a proprietária percebeu que R$ 1,2 mil que estavam na carteira dela, um perfume importado do filho e jóias haviam desaparecido.
“Foi quando a vítima ligou para a corretora e avisou. Depois disso, a imobiliária tentou se comunicar com ele, já que tinha falado que faria uma segunda visita acompanhado dos pais, mas passou a bloquear os contatos”, conta a delegada Bianca.
A investigação apontou que o suspeito usou documentos com dados de terceiros para se identificar e, assim, cometer o crime. Ele também vestiu máscara facial no dia da visita ao imóvel, mas, em um momento, chegou a tirar a maquiagem.
“Pela nossa investigação, considerando o modus operandi dele, tínhamos um rol de suspeitos e ele foi reconhecido”, conta a delegada.
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Com a identificação do suspeito, descobriu-se que ele tem histórico de crimes similares e já havia sido preso. “Embora ele não estivesse atuando aqui na região há alguns anos, tem fatos registrados desde 2009. Então, formalmente, temos 16 anos de boletim de ocorrência, do mesmo modo operandi”, afirma Bianca.
O inquérito desse roubo, no bairro São Bento, foi concluído em julho, com o indiciamento do suspeito por furto qualificado e representação pelos mandados de prisão e de busca e apreensão. Ele foi preso em Ibirité (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde reside. Ele foi levado para o sistema prisional.
