Eleições definem novo reitor para UFMG; Lula dará a palavra final
Sandra Goulart deixará o posto de reitora da universidade após dois mandatos. Vencedor vai compor lista tríplice que será enviada à Presidência da República
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A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realiza nesta terça-feira (21/10) as eleições para a reitoria da faculdade para o quadriênio 2026-2030. O atual vice-reitor, Alessandro Fernandes Moreira, disputa com o apoio da reitora Sandra Goulart, que encerra o segundo mandato. Esse pleito conta com uma chapa, denominada de UFMG Acolhedora, que contará também com a professora Alamanda Kfoury Pereira, como candidata a vice-reitora.
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Sandra Goulart irá deixar o cargo após dois mandatos. Ela ocupou o posto de reitora entre 2018-2022 e o atual, que começou em 2022 e termina no ano que vem.
O pleito começou às 9h da manhã e se encerrará às 21h, com o resultado previsto para sair ainda nesta terça-feira.
Como funciona a votação?
De acordo com a UFMG, cerca de 50.637 pessoas estão aptas a votar, em que 3.092 são servidores docentes, 3.934 servidores técnico-administrativos em educação e 43.611 discentes. A universidade utiliza um sistema de pesos diferentes entre os eleitores, em que os professores têm um voto com peso 70, enquanto alunos e demais funcionários têm peso 15 cada.
A universidade informa que o pleito para os cargos de reitor e vice-reitor será feita de forma online, por meio do Sistema de Consultas da UFMG, que possibilita que o voto seja realizado pelo celular ou pelo computador.
O acesso ao sistema se dá por meio do mesmo login do Minha UFMG utilizado pelos estudantes e servidores da universidade. O site de consultas dispõe de um tutorial com o passo a passo de como votar.
Após o processo eleitoral, será realizado o envio do resultado ao Colégio Eleitoral, formado pelos membros do Conselho Universitário, do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e do Conselho de Curadores. Esse colegiado irá elaborar uma lista tríplice de nomes de professores que será levada à Presidência da República para escolha do novo reitor.
Protesto dos estudantes
Essa política de pesos distintos entre votantes causou incômodo em alguns grupos internos da universidade. Em postagem no instagram, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) tem incentivado que os eleitores anulem seus votos.
“O DCE-UFMG defende o voto paritário entre estudantes, técnicos e professores, para que as decisões da UFMG expressem de fato a pluralidade, o trabalho e a vida que constroem a universidade”, afirma. “Nosso voto nulo é um ato político de independência frente à instituição e de coerência com a nossa história de luta”, finaliza o órgão.
*Estagiário sob a supervisão do subeditor Humberto Santos