O Presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, registrou nesse fim de semana a 62ª morte no sistema penitenciário mineiro em 2025. Vinte desses casos ocorreram em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana.

A vítima é um homem de 20 anos, morto por enforcamento com um lençol, dentro de uma cela. Um outro ocupante daquele espaço, de 21 anos, assumiu o crime.

A Polícia Penal que fazia o plantão no presídio recebeu a informação de que havia um homem morto numa das celas. Os policiais passaram, então, a percorrer os corredores e encontraram o detento enforcado.

Segundo o relatório da Polícia Penal, o detento foi encontrado suspenso por um lençol, amarrado à grade de ventilação da cela, em baixa altura, com a cintura tocando o solo.

A cela era ocupada por três detentos, a vítima e outros dois, que foram retirados do local e levados para interrogatório. Um deles assumiu o crime.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, prestou os primeiros socorros, mas apenas confirmou o óbito.

O detento que assumiu o crime relatou aos policiais que esperou que a vítima, Kaike de Jesus Gomes, ingerisse grande quantidade de medicamentos e adormecesse para então enforcá-lo.

Fez isso diversas vezes, até se certificar que a vítima estava morta. Tão logo o preso dormiu, passou um lençol em seu pescoço, fixado à grade da cela e desferiu chutes no rapaz até perceber que ele havia morrido.

O outro detento que estava na cela alegou que não tinha visto nada e estava dormindo. Disse que, ao acordar, percebeu que o homem estava morto. Ele relatou que questionou o autor sobre o ocorrido e orientou que os policiais fossem acionados, negando qualquer participação. Ele jurou para o companheiro de cela que não teve qualquer envolvimento no crime.

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