A presença de chamas em mata próxima à estrada em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, chamou a atenção de moradores do Condomínio Mirante do Fidalgo, durante a manhã desta segunda-feira (8/9).
Minas Gerais enfrenta um período de estiagem, iniciado em abril, e, desde então, ocorrências de incêndios vêm se tornando frequentes no estado. Em Lagoa Santa, o fogo começou, por volta das 10h30, em uma vegetação, se espalhando para uma mata fechada, com árvores de médio e grande porte, como descreve um residente do condomínio.
Ao Estado de Minas, o morador, que prefere não se identificar, relata que já atuou no combate às chamas neste mesmo local - mesmo não sendo a maneira mais segura de conter um incêndio. “O fogo foi aumentando, chegou na lateral do muro do condomínio e seguiu por uns 500 metros. Neste ponto, as chamas já estavam na divisa com um lote e outras casas. Fizemos o primeiro combate, evitando que passasse para o jardim e grama das residências vizinhas”, conta.
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Ainda de acordo com o morador, o Corpo de Bombeiro Militar de Mina Gerais (CBMMG) foi acionado por volta das 11h, mas a guarnição chegou no local quatro horas depois, às 15h. “Se os Bombeiros tivessem conseguido chegar com até uma hora depois do início do fogo, acredito que o incêndio seria controlado. Acho que terão dificuldade agora, porque o fogo desceu para uma mata fechada e possivelmente vai queimar a noite toda”, explica o morador.
Incêndio no mesmo local acontece há três anos
“Foi difícil segurar as chamas porque as mangueiras residenciais não tinham muita pressão e o vento estava muito forte”, relata. “Quando ele soprava, as chamas aumentavam consideravelmente e era um calor insuportável. Mas foi necessário para não deixar que ocorresse o pior nas residências que estavam sem moradores no momento”, finaliza.
O morador explicou que é o terceiro ano consecutivo que atua diretamente no combate à incêndios próximos ao condomínio que reside, durante o período de estiagem. Ao EM, detalhou que ele e outros residentes utilizaram abafadores improvisados, mangueiras e baldes de água para conter as chamas.
“É dentro de um limite de segurança que não permite avançar muito. A maior dificuldade era a fumaça, que além de prejudicar a respiração, ardia os olhos e, praticamente, tirava toda a visão. Sem equipamento adequado e treinamento não tem muito o que fazer e não dá pra arriscar muito”, conta.
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