A família de Soraya Tatiana Bomfim França, professora morta pelo próprio filho no dia 18 de julho em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, agradeceu pelas manifestações de apoio e carinho recebidas nos últimos dias. “Cada oração, mensagem e gesto de amor tem sido um alento para nossos corações”, diz a nota divulgada nesta segunda-feira (28/07).

Além do luto pela perda de Soraya, a família também enfrenta a dor da descoberta do autor do crime: Matteos França Campos, servidor público de 32 anos, foi preso na última sexta- feira (25/7) e confessou ter matado a mãe após uma discussão. À Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), ele afirmou que estava em colapso financeiro por causa de apostas na internet e empréstimo consignado.

“Neste momento, nossa prioridade é cuidar uns dos outros e, especialmente, da nossa mãe e do nosso pai, que enfrentam uma dor tão profunda. Pedimos, com humildade, que imprensa e sociedade compreendam nossa necessidade de recolhimento para atravessarmos este luto”, declarou a família.

Confira a nota na íntegra: 

“Em nome da nossa família, agradecemos profundamente todas as manifestações de apoio e solidariedade recebidas nestes dias de imensa dor. Cada oração, mensagem e gesto de amor tem sido um alento para nossos corações.


Estamos vivendo uma perda irreparável, tentando encontrar força na fé e na certeza de que Tati está amparada pela força divina. Ela foi um exemplo de luz, bondade e entrega ao próximo, e sabemos que sua presença marcou a vida de todos que conviveram com ela, seja na comunidade, em todas as escolas onde atuou ou nos círculos de amizade.


Neste momento, nossa prioridade é cuidar uns dos outros e, especialmente, da nossa mãe e do nosso pai, que enfrentam uma dor tão profunda. Pedimos, com humildade, que imprensa e sociedade compreendam nossa necessidade de recolhimento para atravessarmos este luto.


Agradecemos o trabalho respeitoso de jornalistas, bem como a atuação das autoridades, nas quais confiamos plenamente. 


Que Deus esteja conosco e com todos que, de perto ou de longe, se unem em fé e solidariedade neste momento tão difícil.


Com gratidão,

Família da Soraya Tatiana Bomfim França”

Relembre o caso

Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, foi encontrada morta no último domingo (20/7), embaixo de um viaduto no Bairro Conjunto Caieiras, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

A professora de história dava aulas no Colégio Santa Marcelina, no Bairro São Luiz, Região da Pampulha, e estava desaparecida desde sexta-feira (18/7). O filho, Matteos, e o ex-marido de Soraya procuraram a PMMG na noite de sábado (19/7), depois da família ficar 24 horas sem notícias sobre seu paradeiro. 

Ainda no sábado, para a polícia, Matteos disse que a família não tinha ideia do que poderia ter acontecido com a mulher. Ele teria sido a última pessoa a vê-la, ainda na noite de sexta-feira (18/7), quando saía para uma viagem para a Serra do Cipó, distrito de Santana do Riacho, na Região Central do estado.

Os policiais chegaram ao local onde o corpo estava, no domingo (20/7), após uma denúncia anônima. Encontraram a professora coberta por um lençol. Soraya Tatiana vestia uma roupa cinza, mas apenas a parte superior foi encontrada. Ela estava seminua, com a parte de cima do vestido, e apresentava marcas de queimaduras na parte interna das coxas, além de manchas de sangue nas partes íntimas. No local, estavam também os óculos da historiadora.

Em coletiva, a PCMG informou que Matteos confessou o crime e disse ter agido sozinho. Naquela sexta, a professora e o filho discutiram dentro do apartamento onde moravam, no Bairro Santa Amélia, e, quando as discussões avançaram, ele enforcou a mãe. 

Após a morte de Soraya, o filho disse que saiu de casa com o corpo no porta-malas do carro da mãe. Ainda na sexta, ele foi até o local dos fatos, no Bairro Conjunto Caieiras, em Vespasiano, na Região Metropolitana, e deixou o corpo embaixo de um viaduto.

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Nesta segunda (28/07), Matteos afirmou ter sofrido ameaças de morte no Ceresp Gameleira, onde se encontra desde a última sexta-feira (25/7). O advogado Gabriel Arruda, defensor do suspeito, confirmou as ameaças e firmou um pedido de transferência para outra unidade prisional. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou à reportagem que ainda não há previsão de mudança de unidade.

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